Os deputados (como vai na imprensa nacional nesta sexta) querem instalar uma CPI do JBS. Parece cinismo, não é verdade!!!
A impressão que se tem é que o governo teria emprestado escondido ao grupo R$ 2,7 bilhões da Caixa, R$ 8,4 bilhões do BNDES, outro tanto do Banco do Brasil e que fosse desconhecida de suas excelências a dívida ativa do grupo com a União de R$ 2 bilhões (inclusive com a Previdência).
Vai aí um cidadão comum com dívidas com a União tentar obter um empréstimo bancário para ver o que consegue!!!
O curioso disso tudo é que essa concentração do JBS há muito vinha sendo denunciada pela senadora Kátia Abreu, desde a presidência da CNA. Inclusive, com parte destes recursos, deduz-se, a JBS teria comprado o Canal Rural para expor adversários que iam contra seus métodos nada ortodoxos de manejo da administração pública
Tudo com a devida amplificação nos seus Estados, como no Tocantins, onde a JBS paga de ICMS uma alíquota menor que 1%. E os adversários de Kátia Abreu tinham janela aberta para ir contra, não o denunciado, mas opor-se à vítima.
Os métodos da JBS com a turma de Temer foram, agora, espicaçados.
Nada melhor que reviver uma entrevista do Joesley Batista na Revista Piauí, indagado sobre sua oposição a Kátia Abreu ser ministra: “Nós somos donos da maior empresa de carne do mundo, temos as maiores empresas dos Estados Unidos. Você acha que eu vou estar preocupado com o que pensa uma senadora do Tocantins?” E continuou: “Não há nada que ela possa fazer contra nós. Nem negócios no Tocantins, nós temos. Que ela seja feliz”.
Como se nota, uma prepotência e uma mentira, já que o JBS já tinha frigoríficos com impostos camaradas no Estado. A prepotências, as gravações com Temer por si só revelam por que motivos a possuía. O JBS caiu por si só, por aquilo que toda prepotência não consegue enxergar. Ainda mais em ladrões que não conseguem deixar o vício nem esconder as pegadas.