A questão dos servidores públicos jogou o governo nas cordas. Conclusão óbvia: Eduardo Siqueira e Sandoval saíram na frente, mesmo que represente um  paradoxo pensar em avanço quando se mira no retrocesso. No raciocínio,  quanto mais travas impor-se à administração, se estaria beneficiando a população do Estado. Um estratagema que subverte as funções e finalidades do sujeito e seu  objeto.

O Estado está paralisado. O governo entra no seu terceiro mês e está amarrado à questão de servidores públicos. De outro modo, um governo de 1,5 milhão de pessoas, focado em resolver questão salarial de pouco mais de cinco mil funcionários (Polícia Civil, Militar,Bombeiros, Defensoria e Sefaz), que seriam beneficiados com os planos mirabolantes do governo passado. Os deputados assumiram seus cargos há mais de 30 dias e não se viu qualquer discussão substancial no Legislativo que sequer aprovou o orçamento de 2015. Sem orçamento, não se pode fazer investimentos nem estabelecer metas, inclusive o pagamento de salários.

E se isto acontece, convenhamos, decorre da ineficiência do diálogo empreendido entre o Palácio Araguaia e o Palácio João DAbreu. O governo precisa reorganizar o Estado, discutir uma matriz de desenvolvimento, mas esbarra na intermediação política, não faz uma interlocução individual com parlamentares, facilitando que um grupo de quatro deputados (que fazem a tal oposição raivosa) construa uma maioria, ainda que artificial, opondo resistência a medidas necessárias à governança administrativa e política.

Os 24 deputados, assim, ficam expostos às argumentações de Eduardo Siqueira, com o suporte necessário de seus aliados mais determinados:  Osires Damaso (presidente da Assembléia e a quem compete determinar a pauta), Olinto Neto e Luana Ribeiro. E os governistas, excetuando as participações do deputado petista Paulo Mourão (que tem estabelecido o contraponto no plenário), flanando, com a articulação política deitada em berço esplêndido, na janela, como a Carolina, da música de Chico Buarque, e só ela não vendo tempo passar.

Com isto, o governo adia a interlocução com os demais parlamentares, até aqui receptivos à ação governamental, sem disposição em opor-se ao Palácio Araguaia de forma sistemática, mas que mantem seus postos porque não sabem o que o governo pretende nem a sua voz de comando. Na dúvida, preferem se colocar como estão e aí favorecem a oposição que os tem, no mínimo,  como membro casual, fragilizando mais ainda a base governista e suas possibilidades de formar maioria no Legislativo.

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