As oportunidades que podem ser construídas durante uma crise e a análise dos ciclos da economia do passado e presente como forma de antever o comportamento futuro foram abordadas pelo economista Ricardo Amorim durante o 3º Encontro Estadual da Indústria realizado na noite desta quarta-feira, 20/09, pela Federação das Indústrias do Estado do Tocantins (FIETO) em sua sede em Araguaína. A abertura do evento foi feita pelo presidente da Federação, Roberto Pires que citou temas de destaque da agenda da indústria em meio a esta crise como a urgência da reforma tributária e a importância da PEC 241 e da reforma trabalhista, estas duas últimas já promovidas pelo Governo Federal.

Ao falar do momento vivido no País, Roberto Pires, classificou a gravidade do que considera a maior crise econômica, política e ética da história do Brasil. “Já passamos por outros momentos difíceis, mas nada que se compare aos quase 8% de retração da nossa economia. Isso se considerarmos apenas 2015 e 2016, período em que outros países emergentes como a China e a Índia registraram crescimento de 14% e 15%, respectivamente. Pra facilitar a conta: em apenas dois anos, o Brasil perdeu o equivalente a 2 Paraguais”, analisou o presidente. Pires destacou ainda em seu pronunciamento, investimentos essenciais realizados pela Prefeitura de Araguaína como exemplos a serem seguidos ao citar a reestruturação do Distrito Agroindustrial do município, o DAIARA, sua revitalização, criterização do uso e a criação de isenções fiscais para incentivar a vinda de investidores.  

A situação de gravidade da crise foi ratificada na palestra de Amorim sob o tema “A indústria na perspectiva de saída da crise”. Segundo o economista, períodos de crise obedecem a ciclos de crescimento e depressão, mas o atual é o pior da linha do tempo traçada por Amorim dos últimos 115 anos. Mesmo assim, é uma situação, que segundo o apresentador do programa Manhattan Connection na Globo News e autor do livro Depois da Tempestade, empurra os impactados para a escolha de mudar ou não. 

“O Brasil numa crise com a proporção que a gente viu começou a fazer com que o brasileiro cobrasse a classe política. A gente não cobrava e eles trabalhavam para eles mesmos quando são funcionários nossos. Nas empresas vale a mesma coisa. O que se está fazendo de diferente pra melhorar o produto, processo ou atendimento pra sair fortalecido da crise? ”, lançou o palestrante para reflexão dos participantes.

Ele reforçou ainda a necessidade de construir e buscar oportunidades. “Nós estamos na fase do ciclo econômico de mais oportunidades em que a tendência é crescer. Quando todo mundo viu, a oportunidade não existe mais. Se todo mundo viu já não é oportunidade”, disse retomando a ideia central que após uma depressão profunda, que costuma ser precedida de uma crise política, a história do País demonstra na sequência períodos de crescimento.

O Encontro Estadual da Indústria tem o objetivo de criar um ambiente de exposição, análise e discussão das principais diretrizes das políticas nacionais de desenvolvimento da indústria num ambiente de crise aguda e salientar as principais “saídas” para a indústria local. Outras duas palestras estão marcadas na programação para o dia 25/10 em Palmas e 09/11 em Gurupi encerrando a edição 2017.

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