A cassação de Marcelo Miranda e Cláudia Lélis pelo TSE na manhã desta quinta faz girar a roda de cadeiras dos pré-canditados ao governo. Marcelo e Cláudia pedem o governo e o direito de candidatar-se em outubro. A pena é de oito anos contados das eleições de outubro de 2014. Na metade. Intuo que prejudicou Marcelo no julgamento a cassação antecedente e as denúncias do atual mandato que repetem um método que terminou superando a falta de provas, como relatou um ministro do TSE no julgamento desta quinta.

Tem-se agora Mauro Carlesse no governo interino e a dúvida se, no cargo, poderia disputar a eleição direta e, posteriormente, a eleição de outubro que se constituiria numa reeleição a partir do raciocínio de que a interinidade não fosse um governo eleito. O governo interino é suficiente para dar musculatura a Carlesse, ainda que não participe da primeira eleição direta, imediatamente após a cassação do Governador. O cacificará para a eleição de outubro.

De qualquer forma, teremos a eleição direta e nela tem maiores condições os pré-candidatos que anteciparam à campanha. A senadora Kátia Abreu em deslocamentos ganha de longe da maioria, já tendo percorrido quase 100% dos municípios de 2017 a 2018.

A dúvida é se a parlamentar (assim como os outros pré-candidatos ao governo)entrará na disputa na primeira eleição direta, encurtando em quatro anos a possibilidade de governar o  Estado. Ou seja, se vencer a primeira eleição direta, em outubro uma nova eleição seria reeleição. E aí só teria mais quatro anos. Com os mesmos custos financeiros e operacionais.

O pré-candidato do PT, Paulo Mourão, viria em seguida, sucedido por Ronaldo Dimas, Mauro Carlesse e Ataídes de Oliveira, os pré-candidatos que mais colégios eleitorais visitaram nos últimos oito meses.

O problema é que uma nao eleiçao na primeira eleiçao direta tem desdobramentos diretos na segunda eleiçao direta. Se um pre-candidato das eleiçoes normais for derrotado na primeira eleiçao direta após a cassaçao, certamente terá dificuldades maiores para sair do buraco com vistas à nova eleiçao de outubro. Tanto ponto de vista financeiro como emocional e eleitoral. E para o que for eleito, será um governo de sete ou oito meses com uma nova eleiçao no meio.

A cassação também embaralha as pré-candidaturas. Um dia antes da cassação do mandato de Marcelo em conversa com um deputado federal ontem, este blog apurou que o prefeito Ronaldo Dimas estaria de ânimo novo: via na cassação de Marcelo Miranda a possibilidade de ter o apoio do MDB com quem já havia mantido conversa pública sobre apoios no segundo turno. Um ativo não desprezível.

O fato é que os eleitores terão que conviver daqui até outubro com duas eleições diretas. E também duas campanhas eleitorais.

Deixe seu comentário:

Dando continuidade às vistorias nas unidades de saúde pública de Palmas, nesta quarta-feira, 19, promotores de Justiça e servidores do Ministério Público do Tocantins, aco...

As unidades do Judiciário de Araguaína estão em fase de mudança para o novo Fórum da cidade, mas algumas já iniciaram suas atividades. A Vara de Violência Doméstica, o Jui...

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, finalizou mais um curso para os funcionários da fazenda Dois Rios em Lagoa da confusão. Dessa vez a instrutora do SENAR Adeuma Bo...