Pode não ser o caso, mas tudo indica que o prefeito Carlos Amastha tem a CPI do Previpalmas sob controle. A tentativa de seus aliados de enfrentar o Regimento Interno da Câmara ontem somada às nomeações promovidas pelo prefeito nos últimos dias demonstram, de forma inequívoca, é possível deduzir-se, uma tentativa de procrastinação senão de empurrar para debaixo do tapete as aplicações de R$ 50 milhões em fundos podres. Recursos dos aposentados da prefeitura.
Deveria causar reflexão, por exemplo, a nomeação, por parte do prefeito, como publicado no Diário Oficial, para cargos comissionados (cargos de assessoramento) servidores que já estavam com a tarefa de elaborar um relatório sobre tais aplicações. E no mesmo período em que elaboravam o documento.
Mais ainda: nomear para a diretoria do Previpalmas (com remunerações, evidente) os mesmos servidores. Se fosse numa empresa particular, diria que tivessem sido contemplados com bonificações por algum resultado auferido ao prefeito.
A movimentaçao dá justificadas razões para os servidores da prefeitura enxergarem na aridez e superficialidade do relatório apresentado como consequência direta justamente de tais movimentações funcionais que assumiriam, assim, características de instrumento de cooptação.
Essa CPI está sendo empurrada com a barriga pelos vereadores aliados do prefeito desde o ano passado. A Justiça foi provocada e deu uma decisão contrária porque o poder Judiciário não tem competência para determinar CPIs. Elas são de competência exclusiva dos vereadores.
Mas eles, os vereadores aliados do prefeito, ficam com essa mentiraiada aí. Não determinam a CPI porque não querem, porque Carlos Amastha não os deixa exercerem suas funções constitucionais de representação delegada pelo eleitor. E isto deve ter um custo tanto financeiro como político.