O PR expondo suas feridas. Quer que o Tribunal Regional Eleitoral informe se prefeitos que não desincompatibilizaram-se do cargo poderão se candidatar na eleição suplementar. Motivo: quer antecipar, dependendo da resposta, a candidatura de Vicentinho Alves. Ou de Dimas.
O Tribunal, como é de conhecimento público, informou que vai publicar as regras da eleição no próximo dia 4. Prazo suficiente para o registro de candidaturas, de uma forma ou de outra, já que expira no dia 7 de abril o período para desincompatibilização e filiações.Ou seja, o PR teria pelo menos três dias para registrar a candidatura de Vicentinho ou de Dimas.
O pedido, no entanto, não é orientado pela razão. E sim pela emoção. Materializa a disputa interna no partido e a ansiedade que isto impõe, agravada pela briga do MDB entre apoiar Vicentinho ou cooptar Dimas para o MDB.
É possível deduzir das movimentações do PR a sua divisão interna, fator negativo na campanha tanto de Dimas como de Vicentinho. Se Dimas puder se candidatar a governador na suplementar influenciará no ânimo de Vicentinho em sua campanha, por força do interesse do parlamentar na disputa. Seria preterido, pelas circunstâncias, pelo fator-Dimas pois o Senador teria, também, as mesmas condições de buscar o governo.
Se Dimas não puder disputar, Vicentinho irá para as ruas sem o prefeito de Araguaína hoje mais próximo do MDB que do PR, como ficou claro na divisão exposta pelos medebistas na segunda-feira quando se viu, na prática, que Dimas e Vicentinho tem outros adversários na campanha: eles mesmos. Podem disfarçar publicamente a disputa, mas os fatos comprovam justamente o contrário.
