O prefeito Carlos Amastha nadando de braçadas. Teria chamado os deputados de nojentos no final de semana porque os parlamentares teriam gasto R$ 53 milhões de emendas com eventos. Não estaria nem aí pelos R$ 55 milhões que ele próprio teria gasto com eventos na Capital e objeto de investigação. Tampouco o escândalo da Fundesportes, também verbas municipais gastas em eventos.
A licenciosidade de Amastha se aproveita da cassação de Marcelo Miranda que, parece, ter deixado de lado a pauta explosiva do prefeito. Dentre elas, o Previpalmas, onde o fundo dos aposentados aplicou R$ 50 milhões de forma ilegal em fundos temerários. Decisão da diretoria nomeada por Amastha e investigada pelo TCE.
Falta menos de um mês para a prefeitura ficar sem o CRP e, logo, sem Cauc, impossibilitada de firmar convênios e receber repasses do governo federal. Isto porque as aplicações do Previpalmas (Amastha já nomeou a nova diretoria) estão desenquadradas e a prefeitura já foi informada pelo MPS sobre isto.
E para se enquadrar (voltar aos 5% legais, tem 15% num e 45% noutro), os dois fundos onde o Previpalmas aplicou R$ 50 milhões, teriam que captar R$ 750 milhões para projetos que não sairam do papel. Isto em duas semanas, já que o CRP em vigor tem validade de seis meses e expira no dia 21 de abril.
Dias atrás, a REAG informou que assumira o fundo Cais Mauá (da Icla/ex-Porcão). A medida teria sido considerada saneadora pelo prefeito Carlos Amastha que chegou a declarar não ter o Previpalmas aplicações no Tercon, contrariando Diário Oficial. O problema, assim, seria a mancha do Porcão.
Ora, a presidente do Cais Mauá (que a REAG assumiu), Júlia Vassalo Maia da Costa, é sócia da Icla/ex-Porcao. Está na certidão da Receita Federal emitida ontem, 26 de março de 2018. Na tese da prefeitura, então, o Porcão teria deixado a relação, as aplicações estariam agora seguras, mesmo sendo a presidente do Cais Mauá também presidente do Icla, ex-Porcão. Esse pessoal não deixa de incutir nas pessoas a idiotia necessária para seus interesses.
