Governadores e prefeitos quase sempre são mais racionais que mercuriais quando trabalham uma reeleição. Daí, adiarem suas decisões políticas. A razão é óbvia: ciscar para dentro, evitando perder possíveis aliados futuros. Vão cozinhando até não mais poder, até definir-se o quadro.

Brito Miranda conseguiu isto de Marcelo Miranda até agora. Anda perdendo para os marqueteiros. A maioria não está nem aí para esse negócio de lei de responsabilidade fiscal, de contradições entre o discurso e a prática, de tempo, de maturação, de paciência que calibra a política. São marqueteiros e, como tal, acham que podem vender o produto, bastando mudar a embalagem.

Aqui um parêntese: vira e mexe, cobra-se um mandato de senador a Siqueira Campos como reconhecimento do Estado. Não que não o merecesse, mas Brito Miranda, neste aspecto, talvez merecesse mais. Siqueira foi deputado federal por cinco mandatos e governador por outros quatro.

Brito, deputado estadual e presidente da Assembléia de Goiás, foi um dos instrumentos fundamentais no convencimento da maioria dos parlamentares goianos (e do governador) para a criação do Tocantins. E não teve, até agora, nenhum mandato parlamentar no Estado.

Sem o apoio da aristocracia, dos empresários e dos parlamentares goianos, o Estado não seria criado. Foi Brito que convenceu o então governador Henrique Santillo naquele memorável discurso a favor da criação do Estado. Contra a vontade do então ministro Iris Rezende, que apoiava o presidente José Sarney também contra a divisão.

Os marqueteiros de Marcelo, entretanto, veem de outro plano. Abriram a campanha eleitoral com um ano de antecedência e com o Governador completamente perdido na administração. Na decisão do marketing, perdeu-se também o político Marcelo. Sem Brito, imagina-se, jogado no canto da sala. Ou trabalhando por conta própria, a despeito da posição.

Somente isto para dar algum sentido à ação de Marcelo Miranda para unir, com tanta antecedência, a senadora Kátia Abreu e o prefeito Carlos Amastha num mesmo projeto: derrotá-lo. Ambos distantes dos problemas que o PMDB e seus partidos tributários enfrentam de natureza moral e ética.

E com um campo enorme de exploração aberto pela campanha antecipada e pelos problemas do governo, grosso modo produto de omissão ou ação do próprio Governador na opção pelo marqueting à política e à administração pública.

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