O secretário de Saude, Marcus Musafir é mesmo um administrador arrojado: publicou no Diário Oficial do último dia 15 de  março o extrato do Contrato 026/2018, no valor de R$ 8,3 milhões para contratação emergencial de alimentação nos hospitais públicos do Estado.

Não bastasse informar no contrato assinado em 12 de março de 2018 ter sido um pregão eletrônico para “contratação emergencial”, a empresa contratada, Mais Sabor Gestão em Alimentação (como você vê ai do lado) é ligada à Nutrindus Alimentos do Rio de Janeiro.

E o que é a Nutrindus: é a empresa vencedora (apresentou os menores preços) na licitação da Secretaria de Saúde do Tocantins para os mesmos serviços de alimentação nos hospitais do Estado dos três lotes oferecidos (537 mil refeições nos 18 hospitais). O resultado foi publicado no ComprasNet. Licitação questionada na Justiça pelos demais participantes por um caminhão de irregularidades nas propostas e na documentação de habilitação.

O contrato da Mais Sabor vem somar-se àquele de R$ 14,4 milhõess (também emergencial) apontado por este blog em primeira mão na semana passada, firmado com uma empresa cuja sociedade registra a participação de um servidor da Secretaria de Segurança Pública. E com um patrimônio de R$ 140 mil quando pela própria licitação deveria apresentar uma capacidade financeira de R$ 1,4 milhão.

Mais: a Nutrindus (conforme registrado  na Junta Comercial do Maranhão) teria também sede no mesmo endereço da Lavebras, uma das vencedoras da licitação de lavanderia, feita pela mesma Secretaria de Saúde do Tocantins  (avenida 14, número 22, sala 01, bairro Maiobao/São Luis/MA).

O contrato 026 publicado no último dia 15 de março de 2018 soluciona uma questão: a dúvida quanto à emergência de apenas R$ 14,4 milhões da semana passada. Agora a emergência seria de R$ 23 milhões, algo mais próximo do valor mensal da licitação discutida na Justiça. E cuja Nutrindus teria sido a vencedora nos três lotes ofertados. Não  ganhou, parece, mas levou.

Outra dedução que se é possível fazer: a Secretaria, na impossibilidade de ajudicar o resultado da licitação, poderia estar contratando, de forma direta (sem licitação/emergencial), a empresa que teria vencido a mesma licitação e cujo resultado estaria sendo discutido na Justiça.

Deixe seu comentário:

Dando continuidade às vistorias nas unidades de saúde pública de Palmas, nesta quarta-feira, 19, promotores de Justiça e servidores do Ministério Público do Tocantins, aco...

As unidades do Judiciário de Araguaína estão em fase de mudança para o novo Fórum da cidade, mas algumas já iniciaram suas atividades. A Vara de Violência Doméstica, o Jui...

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, finalizou mais um curso para os funcionários da fazenda Dois Rios em Lagoa da confusão. Dessa vez a instrutora do SENAR Adeuma Bo...