O prefeito Carlos Amastha tem administrado a Capital de forma mais pragmática (e competente) do que seus antecessores. A cidade está melhor, não restam dúvidas. Mas isto não lhes dá licença para exercer uma administração despótica a partir de suas escolhas pessoais. Afinal, nas democracias, não se permite, na administração pública, relação em que prevaleça concorrência entre o sujeito e o objeto, numa relação de oposição, conflitante.

Provocado pelo Jornal do Tocantins sobre a ilegalidade e imoralidade de usar recursos da arrecadação de multas para contratar um buffet, o Prefeito saiu-se com esta, como lhe atribui o JTO na edição desta quarta: “Você adere uma ata de R$62 mil, ele pode ser gasto em coffee breaks durante o ano, não quer dizer que irá gastar, quer dizer que tem a previsão, que tem orçamento para isso. Vai fazer quantos eventos, 20, 30, nenhum”.

Poderia ser assim: desculpe seu guarda, eu levei esse carro, sabia que não era meu, pensando em vender mas não significava que eu iria vender mesmo, era só uma intenção para o caso de necessitar! Daqui a pouco eu posso até mesmo devolver, não se preocupe.!!!

De outro modo: a Prefeitura aderiu à ata mas pode não contratar. Entendeu? Como se nota, já é parte da defesa (tanto política como técnica) da Prefeitura para o abuso que está sendo execrado pela população da cidade. Sem que entretanto essa condescendência do Executivo consiga afastar a imoralidade que somente pode não se materializar, na prática, por força das circunstâncias agora adversas, do ponto de vista político. Por que, administrativamente, a Prefeitura se nega a aceitar a condição de abusiva da ação.

Ora, a Prefeitura arrecadou só de multas de trânsito (como está no seu Portal das Transparências) R$ 7,6 milhões no ano passado. Também no ano passado contratou por R$ 40,3 milhões (um consórcio para implantar 40 radares e criar um pouco mais de 200 faixas na cidade. Ou seja: R$ 1,3 milhões por mês. Uma continha básica demonstra que para pagar estes radares, tendo como dados a arrecadação anual das multas, a prefeitura vai precisa de 5 anos e 2 meses de arrecadação.

De outro modo: se não quiser fazer uso de outras fontes do orçamento, a Prefeitura terá que recrudescer na cobrança de multas. Trocando em miúdos: vai continuar a meter a mão no bolso do usuário e contribuinte que trafega com seu automóvel pelas ruas da cidade ou nos estacionamentos públicos que terceirizou a empresários. E fazendo regabofes com a grana dos proprietários de automotores.

Deixe seu comentário:

Dando continuidade às vistorias nas unidades de saúde pública de Palmas, nesta quarta-feira, 19, promotores de Justiça e servidores do Ministério Público do Tocantins, aco...

As unidades do Judiciário de Araguaína estão em fase de mudança para o novo Fórum da cidade, mas algumas já iniciaram suas atividades. A Vara de Violência Doméstica, o Jui...

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, finalizou mais um curso para os funcionários da fazenda Dois Rios em Lagoa da confusão. Dessa vez a instrutora do SENAR Adeuma Bo...