É algo assustador. Seria apenas uma estupidez política não fosse a crise econômica, financeira e administrativa por que passa o Estado, com implicações diretas na população. Me acompanhe:

  1. Os hospitais públicos estão em petição de miséria
  2. Os servidores da saúde estão em greve há cerca de 50 dias
  3. Os profissionais médicos indicam que podem paralisar suas atividades na próxima semana.
  4. Os hospitais credenciados do Plan-Saúde podem também a partir da próxima semana na atender mais os conveniados por falta de pagamento.
  5. Os empregados de terceirizadas podem voltar a paralisar suas atividades se a empresa não resolver os atrasados esta semana. Empresa que depende de pagamentos do governo.
  6. A arrecadação tributária do Estado está em queda desde outubro do ano passado.
  7. Não há projeto para modernizar e qualificar a arrecadação dos impostos.
  8. Desemprego no Estado é um dos mais elevados dos últimos anos.
  9. Não há investimentos em logística e infraestrutura.
  10. Falta medicamentos e insumos básicos nos hospitais.
  11. Divida interna e externa do Estado na casa dos R$ 3 bilhões.
  12. Economia enfrenta a maior recessão dos últimos anos com desdobramentos diretor na economia do Estado.
  13. A Prefeitura da Capital omite-se no que lhe compete na crise da saúde, desobrigando-se do atendimento nas UPAs (também um caos) e da construção do Hospital Municipal (sua competência), que aliviaria para o HGP, um hospital de especialidades e não de emergências.

E o que ocorre?

Um Senador da República une-se a um Prefeito da Capital do Estado, deputados e vereadores e lançam-se num projeto de disputa à prefeitura da Capital, daqui a nove meses, e  do governo estadual marcado para daqui a três anos???? E, desde logo, já tem o seu candidato: o Chefe do Executivo metropolitano!!!!

De outro modo, arma-se um grupo que, ao utilizar-se de suas prerrogativas e competências constitucionais, para ajudar na solução dos problemas que afligem a população,  tencionam justamente o contrário: opor-se às tentativas do governo de encontrar solução de continuidade para a situação. Uma obviedade que se submetem, desde já, à dedução da população de enxergar em eleitoreiras suas ações, a partir de agora, ainda que não o sejam, mas que diante da motivação político-partidária antecipada com tanta veemência e despreendimento não impõe às circunstâncias outro raciocínio.

Ou seja: com apenas um ano no mandato, legitimamente eleito pela população,  o Governador do Estado já vai enfrentar artilharia político-partidária dos que, desde já, almejam o seu cargo, que estará em disputa somente em 2018!!

É claro que as críticas fazem parte da democracia. Esta mesma que, com seus dispositivos institucionais, demarca os períodos de campanha eleitoral.  O governo vai mal? Vai!!! Mas cabe a Senadores, Deputados e prefeitos ajudar na solução, afinal, também fazem parte do problema.

Ou não é a prefeitura de Palmas responsável pelo atendimento de urgência e emergência na cidade? Ou não é o Executivo metropolitano que se omite na sua obrigação de construir um hospital municipal submetendo-o a outras prioridades eletivas? Ou não são os deputados que aprovam as leis do Executivo estadual, o orçamento, e tem a obrigação de fiscalizar as ações do governo do Estado? Ou não são os senadores os responsáveis pela aprovação do endividamento externo do governo estadual e da fiscalização dos recursos internacionais captados sob o aval da União?

A vontade é tanta que sequer se intimidam com os desgastes que uma campanha  colocada com tamanha antecedência é por certo provocadora. Para  não lembrar-lhes do compromisso que têm com o eleitor que os elegeu para, nos seus respectivos  mandatos, exercerem o papel de parte da solução e não parte dos seus problemas.  Afinal, a vida da  população não se dá num eterno palanque. Muito pelo contrário.

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