Caros.  Com problemas ou sem eles, Palmas hoje é notícia mundial. Os jogos mundiais indígenas, mesmo que sejam um negócio da iniciativa privada (patenteado por particulares) são um momento raro de encontro de etnias de várias partes do planeta.  Uma celebração cultural relevante, talvez única. Afinal, que dia se imaginava colocar-se frente a frente um pigmeu ou um mongol, com diferenças culturais tão acentuadas quanto a própria estatura. Ou mesmo um canadense resistindo às temperaturas de 40° abaixo da linha do equador. Um índio mexicano trocando impressões com outro da Amazônia e todos confraternizando-se em torno de suas origens.

São texturas de maior realce que eventuais contratempos ou resistências localizadas. Uma delas: o empurra-empurra dos últimos dias sobre a responsabilidade de sua organização. Se pública ou privada, num anteparo à possibilidade de problemas, antevistos no atraso da implantação da infraestrutura. Algo que não se tinha qualquer dúvida  já que se uma empresa privada era responsável pela infraestrutura e organização, o poder público não poderia abster-se de sua parte, no que expunha sua cota de responsabilidade. Afinal, há investimentos públicos nos jogos.

Infelizmente no país  não se construiu uma cultura de cidadania. Ainda prolifera um viés ideológico desvirtuado que faz com que uma celebração desta dimensão seja janela para manifestações completamente desconexas. Primeiro, os próprios indígenas nativos, manobrados pela Comissão Pastoral da Terra, tentaram fazer política com as tradições, puxando um movimento contra os jogos a partir de conexões político-partidárias e lutas de classes. Pelo absoluto paradoxo, não vingou. E agora fazem da participação da Presidente da República nos jogos,  porta para manifestações contra a crise política e econômica, como se antecipam manifestantes anônimos nas redes sociais. 

Os jogos mundiais indígenas são uma celebração planetária e como tal deveriam ser observados. Mas aí tem aqueles que querem ganhar dinheiro e estabelecem uma causa para ter como moeda de troca. São franjas de movimentos ideológicos reacionários perdidos no tempo, se assim fossem constituídos e tivessem uma luta revolucionária. Mas não. A única revolução a que eles miram é a do capital que, sem ter lido qualquer livro, abominam de público e fazem mesuras no privado. Estão aí conhecidos os seus financiadores internacionais e os seus interesses econômicos.

Os jogos mundiais são uma mostra cultural. E não instrumento para a amplificação de causas indígenas. E é justamente isto que a maioria da população tem em mente, ainda que os movimentos dito sociais  do terceiro setor tentem solapar a sua vontade, que não representam.

Salve os jogos mundiais indígenas. Uma celebração cultural planetária.

 

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