Há certamente problemas na administração do prefeito Carlos Amastha. A periferia está aí, em alguns casos, praticamente abandonada pelo poder público. De outro lado, há a excelência do atendimento nos postinhos de saúde.
Nota-se ainda a “tara” tributária do prefeito e sua dificuldade em entender que poder público é para possibilitar mais bem estar à população que dividendos financeiros à administração. São questões que podem até sofrer oposição correspondente ao ponto de vista de cada um.
Medidas entretanto como essa renegociação de dívidas tributárias fazem bem ao contribuinte e à administração ao mesmo tempo.
O grosso da população, como se sabe, não deixa de pagar imposto por simples decisão de não pagar. Até porque sofre várias restrições se não o fizer.
A renegociação (também de dívidas já negociadas no último mutirão e que o contribuinte não conseguiu cumprir) faz uma inflexão nos métodos que parece orientarem o Executivo municipal.
Existem – conforme a prefeitura – 27 mil contribuintes com débitos de até R$ 15 mil. Mas também há aqueles com dívidas superiores a R$ 2 milhões. A prefeitura estende negociação tanto a pequenos (24 meses) quanto aos grandes (150 meses).
De outro modo: Amastha estende a mão a pequenos e aos grandes proprietários e devedores de dívidas municipais. Retira, assim, um pouco da sensação presente nos empresários de que estaria disposto a imputar-lhes prejuízos e condições excepcionais menos favoráveis na administração de seus patrimônios e das dívidas neles fundadas.
E ainda pode internar nos cofres públicos cerca de R$ 850 milhões que, hoje, não tem acesso em função da inadimplência.