Caros, o que você está vendo aí em cima é um crime. Uma pesquisa eleitoral está sendo distribuída na cidade. É um panfleto apócrifo e como não segue o que determina a legislação, é uma pesquisa ilegal, um ato criminoso até.
Como escrevi no post anterior, há um movimento em curso rasteiro de distribuir panfletos apócrifos. Não respeitaram seguer o velório do ex-prefeito Clayton Maia ontem, distribuindo panfletos contra adversários do Palácio Araguaia no momento e no mesmo local em que amigos e familiares que perderam um ex-prefeito e seu filho num trágico acidente choravam seus mortos. Foram anotadas as placas do veículo que carregava o crime e já se sabe o nome do responsável pela distribuição.
Hoje se vê essa pesquisa que, percebe-se, sem registro no Tribunal Regional Eleitoral, sem CPF/CGC, gráfica responsável e assinada por um instituto de pesquisa desconhecido, sem endereço, proprietário, nada. Um panfleto criminoso. Nele se nota o ex-secretário Eduardo Siqueira Campos empatado tecnicamente com o ex-governador Marcelo Miranda, na pesquisa espontânea. São apenas três pontos percentuais de diferença, na verdade um empate técnico.
Na direcionada, a diferença é de menos de oito pontos percentuais. Para se ter uma idéia do que isto significa, Eduardo Siqueira é o candidato do governo.
Há pouco mais de um mês,
Pesquisa CNI/Ibope registrou que 59% da população do Estado rejeitam a
administração de Siqueira Campos. Mais: 58% não confiam na atual gestão. Pela
pesquisa, o eleitor vê o Estado como terra arrasada. No entanto, o candidato do
governo está empatado com o ex-governador
que, na última pesquisa formal de intenção de votos tinha 38% contra 8%
de Eduardo? Só mesmo no rabo de um cometa.
Mas não é esse o ponto. Não se está aqui acusando o governo disso. Mas
não resta dúvida que a coisa
estabelecida, a priori, o beneficia e ações deste tipo não são resultado de uma
inércia. Há algo que as impulsionam. Se não têm origem no governo, que o seu pré-candidato
venha a público repudiar o delito que, se não o beneficia, com efeito o estaria
prejudicando.
O que interessa observar são os métodos que já se emprega. O candidato
do governo pode muito bem inverter o jogo. O que não se pode é permitir regras
heterodoxas de disputa e a oposição à legislação eleitoral. É necessário que a
Policia Federal entre nesta história e a Justiça Eleitoral e Ministério Público
Eleitoral exerçam o seu papel fundamental na preservação de princípios democráticos
que estão sendo contrariados voluntária e sistematicamente como se
observássemos uma terra sem lei. Um
espaço dominado por foras da lei.
PS: Enquanto isso, reportagem da TV Anhanguera/Globo mostrava no horário de almoço desta mesma terça o desespero de uma família com um filho portador de leucemia e que padecia da falta de remédio contra a doença no Hospital Geral de Palmas. E a Secretaria de Saúde repetindo a cínica informação de que estaria providenciando o medicamento, há dez dias as criança está sem o remédio, um acinte ainda mais com portadores de leucemia cujo tratamento não pode sofrer solução de continuidade. Os pais procuraram a justiça para obter o direito de manter o filho vivo. Uma indecência e imoralidade sob qualquer ponto de vista que se observe. O descaso é imoral. Como os métodos que já se observa na pre-campanha eleitoral a partir, pelo que se percebe, da mesma origem do vício.