Primeiro, veja essa foto aí. Era um tempo em que Palmas ficava lotada no carnaval de rua, blocos proliferavam, comércio vendia, restaurantes lotados, hotéis sem vaga e a população brincando ao som de bandas de renome nacional. As pessoas reservavam vagas antecipadamente. A economia girava quase na mesma medida do embalo das grandes bandas de axé.  Palmas tinha conseguido, enfim, sua vocação neste aspecto, depois de ter-se tentando por aqui de tudo, bailes nos pouco clubes, até desfile de escolas de samba desde a Avenida Tocantins (onde começou o carnaval de rua de Palmas lá em 93) até a Avenida Teotônio Segurado.

Hoje, terceiro dia de carnaval, a  cidade está vazia. Lembro-me de Goiânia na década de 70 quando nos feriados, carnaval e semana santa, podia-se andar nu pela Avenida Goiás sem ser incomodado. A grande maioria da população e do público consumidor se mandava para Vila Boa, Salto de Corumbá, Itiquira e Caldas Novas. Não há como não levantar  uma comparação com Palmas nestes dias de carnaval. As pessoas que consomem se  mandaram para Gurupi, Porto Nacional, Dianópolis, Arraias, Tocantinópolis, Araguatins, Araguaína e que tais. Carnaval hoje, em qualquer lugar do mundo, é um produto. Dele resulta empregos e negócios, variante social do que a alegria momesca é só um valor agregado. A população quer brincar, mas quer comida na mesa porque brincadeira tem hora.

E retomamos o eixo: as imagens do carnaval de Gurupi mostram a acertada decisão de empresários e poder público de não brincarem de populismo com o carnaval. Hotéis lotados, comércio a todo vapor, restaurantes, bares, tudo sem que a população seja excluída da festa que é popular, nas ruas. E aí não custa recordar os anos 90 quando a Capital recebia milhares de turistas de Goiás, Bahia, Maranhão, Pará e do Sul do país,  no carnaval de rua, hotéis superlotados, comércio bombando e as pessoas orgulhando-se da festa que ajudavam a fazer. O carnaval de Palmas chegou a equiparar-se à tradicional festa de Barreiras (BA). Hoje vê-se a prefeitura de Barreiras anunciando nas tvs da Capital chamando os palmenses para o seu carnaval.

O carnaval de Palmas foi engolido pelo populismo. Prefeitos e políticos nos últimos anos preferiram ludibriar a população dos bairros com eventos descaracterizados e eleitoreiros. É como se em Salvador (BA) a Prefeitura retirasse o carnaval da orla e patrocinasse uma festa na Baixa do Tubo, na Nova Brasília de Itapuã ou em  um dos 160 bairros da capital soteropolitana.
Lá na Bahia eles não brincam com isto. Sabem que o carnaval gera empregos e movimenta a economia que gera impostos, que gera distribuição de renda, que possibilita melhorias à população. Em Gurupi, Dianópolis, Araguaína, Porto Nacional também.

Na Capital, entretanto, preferem promover o carnaval em três bairros da cidade, sem qualquer atrativo, como se nota pela movimentação na cidade, ainda que se tente propagar o contrário, mostrando uma movimentação e uma animação que não existe. Mero espasmo populista, como apenas uma bebedeira de quatro dias para vizinhos da festa.

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