Os maiores partidos fazem suas convenções neste domingo. Os seus candidatos a governador (e partidos aliados) de olho nos fundos prometem mundos aos eleitores.
Devem registrar suas candidaturas nessa segunda-feira. Haverá recursos de uns tentando impugnar candidaturas de outros. Uso da justiça eleitoral como tapetão.
Deveria, entretanto, merecer reflexão o desafio que tem pela frente. Estas fotos aí do lado foram registradas ontem por leitores do blog. É a situação da coleta de lixo hospitalar no Hospital Geral de Palmas, Hospital Regional de Araguaína e Hospital Dona Regina, os maiores estabelecimentos de saúde pública do Estado.
Há 18 meses a secretaria de Saúde, sob comando de Marcus Musafir, levou a empresa que fazia limpeza dos hospitais, a Litucera, praticamente à falência, obrigando-a a deixar os serviços para também não falir seus prestadores de serviço e fornecedores.
Musafir espetou um cano de R$ 80 milhões na Litucera, nao a pagou até hoje, apropriou-se dos equipamentos da empresa e não os devolveu nem com decisão judicial. Musafir contratou em novembro passado a Lavebras para fazer os serviços por R$ 9 milhões. E essa aí era a situação de ontem, sábado, nos hospitais.
Um pregão Mandrake questionado na Justiça por contrariar o próprio edital e a lei de licitações, uma movimentação que sugeriu um arranjo descarado. O mesmo Musafir que publicou um edital para a compra de insumos para a limpeza dos hospitais, de obrigação da empresa contratada. Nao se sabe para onde iria diferença que a empresa deixaria de pagar com os produtos que teria (pelo preço cobrado do governo na licitaçao) que comprar e que o governo compraria por ela.
Uma Secretaria que gastou no ano passado R$ 1 bilhão e 440 milhões. E que ate abril de 2018 (Portal das Transparencias deste domingo) já teria pago R$ 1.525.449.436,24. Com dívidas do ano passado.