Se os R$ 30 milhões de aplicações do Previpalmas no Cais Mauá (pelo ex-Porcão) já é investigado pelo Tribunal de Contas do Estado, o buraco no fundo dos aposentados e pensionistas da prefeitura da Capital pode ser maior. O fundo tem hoje aplicados R$ 633 milhões.
Explico: o Previpalmas aplicou também R$ 20 milhões no fundo Tercon Multimercado, cujo patrimônio (somadas as aplicações do Previpalmas) é de R$ 44 milhões. Ou seja, desenquadrado. A Tercon foi credenciada em agosto do ano passado. O escândalo do Igeprev já estava com a Polícia Federal.
O dinheiro do Tercon foi direcionado para a Reag e para o FII São Domingos que o investiram no banco Máxima que tem quotas do Golden Tulip. Isto mesmo: a turma de Belo Horizonte que deu uma tungada no Igeprev recebeu uma bolada da Tercon que tem outra bolada do Previpalmas com prazo de resgate de 1.440 dias!!! Ou quatro anos!!!
Pior que isto: o patrimônio deste fundo está em queda livre e, observando seus relatórios, isto se dá porque estaria emprestando dinheiro e os tomadores não estariam pagando as prestações. Ou seja: um ralo oficial.
Tudo isto aí público. Está na Declaração de Aplicações e Investimentos (Dair) do Previpalmas. Pode não se realizar, mas tudo indica que esses R$ 50 milhões (R$ 30 milhões do ex-Porcão e R$ 20 milhões do Tercon) tem pouca probabilidade de retornar aos cofres dos aposentados e pensionistas da prefeitura de Palmas a partir das aplicações feitas pelo Conselho de Investimentos do fundo, nomeado por decreto pelo prefeito Carlos Amastha.