É cada uma. Depois da Assembléia do Rio "emitir alavará de soltura" a deputados presos, em Minas o presidente do Tribunal de Justiça assumiu a governadoria do Estado (na vacância do cargo de governador e vice) e foi logo cobrando do Secretário da Fazenda mineiro, como governador, para liberar dinheiro para pagamento de salários do Judiciário.
Desde 2016 o governo mineiro estaria parcelando salários. Os juízes já são poupados deste parcelamento, mas os duodécimos, por força de um bloqueio de contas, teria sido atrasado por um dia.
Já em São Paulo, a defesa de Lula reclama de decisão do TRF (4ª região) por não ter absolvido a ex-primeira dama Marisa Letícia por estar morta. A Justiça tinha extinto o processo sem julgamento, lógico.
O casuísmo de duas faces. No governo de Minas, uma obviedade, um governador interino fazendo uso do cargo para beneficiar seu poder de origem.
No outro, uma malandragem. Marisa Leticia sendo absolvida sem julgamento eliminaria, certamente, muitos dos crimes de que Lula é acusado. Afinal, se ela seria depositária de parte da grana desviada (como se suspeita) e fosse inocentada, como a Justiça faria a ligação da morta com os crimes que pudessem ter sido praticados e merecesse punição aos vivos!