RIO — Um inquérito que investiga a senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), aberto a partir da delação premiada de executivos da Odebrecht, foi redistribuído para o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Já uma investigação contra o deputado federal João Paulo Papa (PSDB-SP) será relatada pelo ministro Clelso de Mello.
O relator original era o ministro Edson Fachin, responsável pelos casos da Operação Lava-Jato, mas o sorteio foi determinado pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, porque não há relação com a Petrobras, foco incial da Lava-Jato.
De acordo com quatro delatores da empreiteira, Kátia Abreu teria recebido, via caixa-dois, R$ 500 mil para a sua campanha eleitoral em 2014. O dinheiro teria sido entregue, em duas parcelas, ao marido da senadora, Moisés Pinto Gomes, em encontros no Hotel Meliá Jardim Europa, em São Paulo, em setembro e outubro de 2014. Moisés também é alvo da investigação.
João Paulo Papa é suspeito de ter recebido R$ 600 mil não contabilizados da empreiteira, em 2012 e 2014, segundo dois delatores. Tanto o deputado como a senadora negam as acusações.
Desde que a delação da Odebrecht foi homologada, em abril, mais de 60 inquéritos já foram redistribuídos no tribunal, por não terem ligação com a Petrobras.
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