O PMDB não muda. Agora amplifica que a vice Cláudia Lélis pode ser uma opção (Antena Ligada/Jornal do Tocantins deste domingo). O recado é que caso Marcelo Miranda decida não ir à reeleição por um motivo ou outro, a vice o substituiria no cargo de governador e na chapa.

Se não iria à reeleição, disputaria o Senado ou Câmara já que não se imagina queira ficar sem foro privilegiado respondendo tantos processos e operações. Não é nem questão de burrice ou inteligência. Simples sobrevivência.Ou seja, não vai ficar sem disputar nada! Uma candidatura de Cláudia, assim, não dependeria de mais nada que sua própria vontade dada a necessidade de renúncia de Marcelo para outra disputa que não a reeleição.

Uma situação que não resiste ao mais primário argumento. Vejamos Cláudia como candidata ao governo: a não ser que Marcelo decida ficar sem fórum privilegiado (e não disputar nada) quem faria parte da chapa de Senado já que se tem, no mesmo grupo, Vicentinho Alves, César Hallun, Lázaro Botelho e com possibilidade de Laurez (ou Ataides) entrar no grupo? 

A priori, ninguém,já que os dois seriam Marcelo e Vicentinho. Sobraria a vice para César, Botelho, Ataídes e Laurez (se ele se acertar com o grupo). Sem falar que ainda teria que contemplar Ronaldo Dimas já que uma composição do PR o eliminaria e à sua candidatura.

Resumo da ópera: Cláudia candidata de Marcelo ao governo eliminaria duas possibilidades de composição do PMDB: um cargo de senador e outro do próprio governador, diminuindo ativo eleitoral e capilaridade partidária da chapa. Fundo partidário de campanha, tempo de tv e lideranças. Uma burrice sem tamanho.

Ora, Cláudia pode disputar o governo independentemente da vontade palaciana. Não é do PMDB (e sim do PV), tem impulso próprio e ganhou musculatura política nos três anos de vice. Período em que na prática enterrou os argumentos dos peemedebistas chin-frins que foram contra sua participação na chapa de 2014 e esperavam jogá-la no canto da sala da vice.

Apesar da resistência política que enfrentou neste triênio (e todos sabem como é esse PMDB democrático), não demonstrou qualquer vontade política para fazer uso do mesmo expediente contra esse PMDB aí que todos enxergam no governo. Arrisco que, por vontade pessoal (ela tem raciocínio lógico e fala por si) quer mesmo é disputar uma vaga na Assembléia ou Câmara dos Deputados. Não é daquelas que aposta para perder. E sabe muito bem o terreno pantonoso que lhe dá sustentação política no PMDB e no governo.

Marcelo Miranda, intuo, por seu histórico, fará uso de uma obrigação compulsória para candidatar-se novamente. Ele quer e, como lhe é próprio, deixa que o peçam de público, deixa escorrer, as pessoas se movimentarem. É uma estratégia que tem dado-lhe resultados positivos, mudar pra que?. Não tem, por natureza, evidentemente, o ímpeto de tomar decisão. Na verdade, ele teria, também, dificuldades para dizer não. E isto não é por causa da população e sim pelo grupo que está por trás dele.

E esse grupo é que manda no governo e dele se beneficia. Empresários, parentes, amigos, alguns peemedebistas ressentidos (que veem o governo como sendo literalmente do PMDB) e publicitários que, como na maioria dos governos, detém a vontade política do Executivo. Como Marcelo tem dificuldade para contrariar pessoas, essa autoridade política ilegítima dos que se beneficiam do governo se fragmenta para, na execução orçamentária, se transformar num governo de muitos, sem foco. A aberturas para desvios por falta de fiscalização adequada.

Tudo muito claro. Até na movimentação dos aliados que o Palácio incentiva implicitamente. Seja por ação ou omissão como é o caso do PR, PP e PRB que lançaram pré-candidaturas a governo e senado quando na prática são pré-candidatos a compor a chapa governista.

E agora os governistas querem colocar no mesmo balaio o PV  (que já é governo, diga-se) ao amplificar a possibilidade de Cláudia Lélis ser a substituta de Marcelo na chapa, queimando-a com antecedência, quando, na verdade, tencionam reforçar a estratégia de marketing político de retirar Marcelo do olho do furação da campanha eleitoral, em função dos desgastes da má administração que enfrenta, com tanta antecedência diante de nomes competitivos já em plena campanha. E jogando Cláudia Lélis (que já é governo, em tese também responsável pela situação do Estado) como boi de piranha das intenções governamentais não confessadas.

Agora, se você acredita que Cesar Halun (amigo pessoal de Marcelo), Lázaro Botelho (cuja esposa é a líder do governo na Assembléia), Vicentinho Alves (que demandou aquela situção do governador Marcelo ser o responsável por liberar as emendas de bancada aos prefeitos no próximo ano), Ronaldo Dimas (que foi vice na chapa de Siqueira, no Democratas, partido que hoje é aliado de Marcelo) e Ataídes, do PSDB aliado do PMDB (que apoiou o direcionamento ao governo para mandar a grana aos prefeitos em 2018) estarão em chapas contrárias e adversárias do Palácio no próximo ano, é uma avaliação sua leitor, por sua própria conta e risco.

Que Marcelo Miranda, seus formuladores políticos e estes, até ontem aliados, deixarão de lado um orçamento de R$11 bilhões do governo para 2018, os R$ 162,4 milhões de emendas de bancadas que o grupo entregou a Marcelo Miranda, há menos de dois meses, a competência para repassá-los a 137 prefeitos no próximo ano, o tempo de tv e recursos do fundo partidário do PMDB (um dos maiores por força do número de votos e de deputados federais), abandonarão tudo isso aí pelo altruismo moral e ético de proteger Marcelo Miranda de uma candidatura em que será escrutinado pela população pelo que fez ou deixou de fazer. E, em sendo assim, colocariam Cláudia Lélis no seu lugar, sobre a qual teriam razões pertinentes para não ter certeza de que manteriam o mesmo patrimônio político e administrativo.

E que esse pessoal (que não dá ponto sem nó) entregou esse dinheirão aí para Marcelo há dois meses para que o Governador gaste em período eleitoral não pensou nada disso há menos dois meses??!!!! E assim, tomaram o pó de pirlimpimpim e puft, decidiram jogar para o alto toda essa dinheirama, de uma hora para outra!!!! E partir para um Ronaldo Dimas governador!!! com Vicentinho arriscando seu próprio mandato, dependente das alianças que o PR possa, de uma hora para outra, construir com o que se tem disponível !!!!??

Me ajudei aí, ô!! Nóis é burro mais ainda não relincha!!!!

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