A comunicação do governo faz jus ao que comunica. O governador (conforme o governo) teria cobrado hoje do Comando da Policia Militar celeridade no concurso da Corporação. Supõe-se que o governo queira contratar logo os futuros concursados. Não vou aqui nem lembrar o tempo em que esse concurso foi empurrado com a barriga pelo governo.
Mas veja o que escreveram os Secretários do Grupo Gestor (a tal Junta Governativa) a mando do governo (e sob os auspícios da publicidade oficial) – e que Marcelo esconde-se há uma semana de informar à população o que seria aquilo mesmo – publicitada na semana passada.
“Considerando o Relatório de Gestão Fiscal do primeiro quadrimestre de 2017, publicado no DOE que demonstra o agravamento do extrapolamento do Limite Legal de Gastos com Pessoal conforme estabelecido na Lei de Responsabilidade Fiscal 101/2000, na qual o Poder Executivo encontra sobre sua receita corrente líquida;
“Considerando a necessidade de adoções de novas medidas de reduções em folha de pagamento, e ainda a incapacidade financeira do Estado em suportar novas os gastos com pessoal, sob pena de comprometermos o pagamento da folha salarial dos servidores do Executivo;
“Considerando o alto grau de comprometimento das receitas atuais do Executivo com despesas de caráter obrigatório, os baixos p com investimentos, e a flagrante incapacidade financeira recorrente...”
Isto tudo aí para dizer que ia demitir servidores e não teria recursos para atender, agora, os servidores nos passivos (e correção salarial) que o governo deve a servidores.
A não ser que concurso público não represente despesa com contratações e que estas despesas não influenciem no já extrapolado comprometimento de tais despesas de pessoal na Lei de Responsabilidade Fiscal, deduz-se que em uma semana a situação financeira e fiscal do governo mudou de patamar. Bastou o ultimato da Junta Governativa e pronto. Falta agora, lógica, liberar a correção dos servidores.