Leitores indagando: LA o que achou do tal “murro na mesa” do governador Marcelo Miranda na reunião de secretários na quinta-feira.
Acharia o quê? Positivo, ora!!! É sempre hora de se mudar. E se se muda é porque se avaliou que a situação de onde se partiu (ou se parte) é pior. Reconhecer o erro (e é disto que se trata) é uma virtude de poucos.
Afinal nenhum ser racional, achando-se no melhor, buscaria outro ponto entregando-se ao seu contrário, o pior. Não há o melhor do melhor. Melhor é melhor, as palavras tem sentido e pronto.
A questão reside em outro ponto: não há como se conseguir resultados diferentes com os mesmos métodos e as mesmas pessoas. Uma coisa (como ensinava Spinoza) não produz outra coisa diferente de sua essência.
Essa mesma reação Marcelo Miranda expôs em janeiro do ano passado, lembram-se? Essa mesma orientação, o Governo tem imposto desde 2015, período em que editou meia dúzia de decretos determinando a mesmíssima coisa que fez na reunião desta semana.
E é óbvio que não surtiram resultados como é dado inferir-se do “murro na mesa”, decorrido mais da metade do mandato da administração.
Vai dar certo agora? A máquina vai pegar no tranco tanto tempo depois e sabedora de que a inércia não lhes afetará em nada nas suas posições e cargos?
É uma contradição. Um governo que prega excelência e mérito se movimenta fazendo disso uma mera abstração na hora de tomada de decisão. Na verdade segue a natureza da personalidade do governador que não é dado a demitir pessoas comuns, que dirá Secretários e auxiliares.
A resposta, portanto, é: o Governador fez o certo. Mas a máquina não reagirá conforme a teoria. É o típico caso de que a teoria não se revela na prática, como é prova a própria administração.
