O Partido Verde está mais vivo que nunca. A presidente regional, vice-governadora Cláudia Lélis, vai a Brasília amanhã para, dentre outras ações, mostrar à Executiva nacional a movimentação eminentemente política e eleitoral do partido no Estado até dezembro. Serão seis reuniões regionais até 20 de dezembro, começando pelo Bico do Papagaio no próximo sábado. O partido não faz segredo: quer manter uma vaga na majoritária na reeleição de Marcelo Miranda e eleger dois deputados estaduais e um federal no próximo ano.

Em conversas com jornalistas na manhã desta quarta, do qual este blog foi um dos convidados, Cláudia Lélis disse que a movimentação é desgarrada de suas funções administrativas de vice. E que campanha mesmo só no ano que vem. Difícil compreensão pela lógica política, claro. Mas é a lógica partidária. Defendendo, entretanto, a manutenção da aliança com o PMDB de Marcelo Miranda, pontuou críticas a outros partidos pela “espécie” de canibalismo que se registra na pré-campanha. Ela mesma atacada no PV pelo PR, do senador Vicentinho Alves, que buscava atrair prefeitos do Partido Verde para a legenda.

Não há dúvidas que o PV foi nos últimos três anos um dos partidos mais leais ao PMDB no governo. Aliás, o Palácio Araguaia se movimentava, até aqui, sem qualquer articulação com outros partidos. Só tinha na prática o PV. Uma relação de governos de coalizão sem partido, uma impossibilidade lógica que condicionava apoios a interesses pessoais dos partidários e não das siglas, na estrutura de poder. O individual subordinando o coletivo.

Com a pré-campanha, impulsionados pelos atrativos da máquina pública estadual, partidos até então considerados de oposição ao governo, passaram a ser tratados como parceiros pelo PMDB no Palácio, não só ocupando espaços, mas dividindo os já existentes, como é o caso do PR sobre o PV. E pode vir aí o PSDB. Cláudia Lélis diz que mostrou seu descontentamento ao Governador (e ao PMDB) mas realça ser de grupo. Ainda que a postura do PR tenha sido a negação de sentimento de grupo, na medida em que desagrega, divide os partidos.

Cláudia negou a este blog o viés de resistência. A movimentação, entretanto, endossa o raciocínio de que o PV estaria, certamente, demonstrando ao PMDB no governo a sua força política, fazendo ver o Palácio determinados valores que defenderia como a própria lealdade no governo. O PV tem, hoje, nas palavras de Cláudia Lélis, comissões partidárias em 120 municípios. Em 51 deles, possui mandatos eletivos. São treze prefeitos e 160 vereadores, um ativo que poucos partidos no Estado possuem.

E Cláudia - ainda que o negue - é, hoje, a melhor o opção para os governistas numa impossibilidade de candidatura de Marcelo Miranda. Deu um contraponto aos equívocos da administração sem opor resistência ao Palácio. Mesmo que uma inviabilização de candidatura de Marcelo tenha pouca ou nenhuma probabilidade a esta altura do calendário eleitoral. Aindda que possível.

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