Duas chapas se inscreveram ontem para disputar a presidência da Federação da Agricultura do Estado (leia matéria ai do lado). São encabeçadas por Nasser Iunes (que já presidiu a entidade e ex-secretário estadual da Agricultura) e pela senadora Kátia Abreu (atual presidente, ex-presidente da CNA e ex-ministra da Agricultura).

É o jogo democrático corporativo e que poderia, em condições normais, circunscrever-se a propostas corporativas. Mas que termina por expor outras disputas em função dos protagonistas que se antagonizam e seus tributários. Democrático.

A pouco mais de um ano das eleições estaduais, os políticos profissionais terminam por impor à sucessão na entidade dos produtores rurais uma conotação plebiscitária dada a participação da senadora Kátia Abreu, que tem interesse em disputar o governo do Estado.

Foi assim também nos governos anteriores e nas sucessões anteriores da Federação, na Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (ou não foi isso que aconteceu na defesa política de Temer e contra Dilma, em favor do pato da Fiesp?), nada de novo. Jogo jogado. E aí a cooptação do processo corporativo pelo processo político termina por expor contradições: a luta corporativa contra a política seria apenas rito de passagem diante de sua aceitação como estratégia...política.

Ocupo-me do que se divulgou na noite de ontem: a chapa da senadora Kátia Abreu teria a participação de 21 dos votantes, a de Nasser Iunes, apenas seis dos sindicalistas com direito a voto (informação da Federação). Matemática: como os sindicalistas com direito a voto hoje são em número de 39 (podendo chegar a 40), ainda que Nasser Iunes consiga cooptar os 12 sindicalistas que não participam das duas chapas, só alcançaria 18 votos, contra os 21 que já estão na chapa de Kátia Abreu. Ou seja, Kátia Abreu teria sido reeleita por antecipação.

A não ser que apareça o Imponderável de Almeida, como escrevia Nelson Rodrigues. Ou seja, Nasser Iunes consiga cassar a chapa de Kátia Abreu ou Nasser consiga, além dos 12 votos dos sindicalistas que não estão nas duas chapas, outros três da chapa de Kátia Abreu deserdassem de sua inscrição ou, mesmo na chapa da parlamentar, votasse contra.

Questão puramente matemática. E um desafio a apoiadores dos dois grupos.

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