Que bom, se a população do Estado pensava que não havia luz no fim do túnel, tem  realimentada a esperança. O governo veio a público, ainda que por meio de sua base tucana,  dizer que não vai fazer uso político do Tribunal de Contas,  e que nem Siqueira nem João renunciarão e que Eduardo não será candidato porque  existiriam dúvidas quanto a legislação. 

Primeiramente deve-se ressaltar que um governo que é obrigado a vir a público tranquilizar a população de que não vai usar instituições como instrumento eleitoral  é uma demonstração inequívoca  de que tem dúvidas sobre o que pensa a população, mesmo que a explicação seja  a certeza de que ela acredita no que a declaração nega. Mais: ao negar uma especulação de que estaria em curso uma espécie de golpe, assimila que a possibilidade existiria no consciente coletivo. 

Isso  é o ponto central. Incidentalmente, entretanto, o governo oficialmente não disse nada. Se pensasse realmente em negar o que a população acredita ser verdade,  dar explicações,  faria uso de uma nota oficial e não por intermédio de  terceiros, não é verdade? Diria, oficialmente, de quem seria a escolha sobre o nome para ocupar o lugar do conselheiro aposentado. 

Como se nota, os terceiros que falam pelo governo e adjacências devem ser bem informados. Sem se preocupar com a legislação eleitoral, dizem que o candidato é Siqueira ou Sandoval Cardoso e ligam os dois aos programas de governo, que a administração fará uma grande ofensiva, com obras públicas em  139 municípios!!!  Mais de um bilhão em asfalto – anunciam no mesmo momento em que declinam candidaturas - cinco milhões de metros lineares de asfalto. Sem medo de ser feliz, nas mesmas declarações tão precisas sobre investimentos se misturam os nomes que podem ser escolhidos como candidato. Não pára por aí.

A seis meses das eleições e a poucos dias do fim do prazo para contratações de obras, como se estivessem  jogando a isca, anunciam que existem mais R$ 170  milhões do Banco Mundial e mais R$ 250 milhões para asfalto!!! Totalizando R$ 1,2 bilhão! 

Resumo do enredo: para demonstrar o compromisso com ações republicanas, os aliados do governo  se perdem no enunciado e expõem, muito claramente, a natureza  anti-republicana de suas ações. Tudo muito claro e na cara da Justiça Eleitoral. 

Ah: não há qualquer dúvida sobre a situação de Eduardo Siqueira. Se o pai não renunciar, ele não pode se candidatar a nada. Os artigos 81 e 14 da Constituição Federal não foram revogados, nem mesmo existe qualquer proposta de emenda constitucional neste sentido. 

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