Prospera no Estado, a partir de mensagem enviada da Capital, um movimento temerário (não sem o apoio de determinados setores) de uso de verdades alternativas e de indiscutível terrorismo reacionário contra aqueles que a ele resistem pelas inequívocas consequências que dele se possa, a priori, deduzir de tão transparentes suas finalidades, modos, meios e formas.

Se no regime militar lutava-se contra um sistema imposto por uma força de estado com finalidades específicas (ainda que injustificáveis sob premissas de um Estado democrático), começa-se, por aqui, a ser imposta  (e, pior, por pessoas ainda jovens que talvez façam-lhes falta conhecimento histórico e ideológico) uma tentativa de hegemonia de uma categoria de pensamento desfigurada (não sem o apoio dos mercadores de crises) em que uma volição política individual, portanto, relativa, intenta sobrepor-se, de forma arbitrária, ao  coletivo e suas regulações legais, legitimamente sob fiscalização das instituições do estado de direito.

O empresário Carlos Amastha, brasileiro naturalizado e a quem os moradores da cidade confiaram legitima e democraticamente seu bem-estar coletivo por oito anos (que tem feito uma administração melhor que a do seu antecessor, tanto fiscal como de serviços públicos), a bem da clareza dos propósitos de seu projeto político de governar o Estado, tem mais que obrigação, dever de descredenciar seus supostos tributários e combatê-los nos crimes que praticam diariamente nas redes sociais contra seus presuntivos adversários.

Mais que disputa partidária a ação nega, pelas evidências, o estado de direito.No que encontra correspondência na pouca disposição do próprio prefeito, como se infere,  de atentar-se, nas funções políticas e públicas, às minúcias legais que não são, em absoluto, minudências que se possa tratar como irrelevantes e dispensáveis das Repúblicas democráticas e onde prevalece o estado de direito.

É o típico caso em que a omissão assume a forma de comissão, a inação vira uma ação, em que Amastha, pelo que se lhes atribui, sujeita-se ao quedar-se inerte às suposições. É uma estratégia que opera não só contra os projetos futuros do prefeito, mas os projetos presentes da população e seus direitos, pretéritos, presentes e futuros.

É um movimento que, a partir do apoio explícito de uma maioria parlamentar e implicitamente avalizado por setores localizados da sociedade, carrega as digitais do absolutismo num Estado cuja criação foi impulsionada por uma luta popular  centenária em oposição ao mandonismo do Sul à miséria do Norte. Motivação que o movimento absolutista (não há só indícios, mas evidências claras da inclinação) em curso pode reacender com desdobramentos diretos no projeto político do prefeito da Capital.

Pelo histórico da população do Estado e do país, é improvável que tal inflexão à direita e ao arbítrio (institucional e político)  obtenha êxito. As instituições legitimamente constituídas já dão mostras de que não abdicarão de seu papel constitucional de defesa do estado democrático de direito. E devem manter a aceleração inercial, afinal as situações que emergem tendo como centro irradiador os tributários do prefeito (quando não do próprio Executivo) não são meros espasmos político-partidários que se pudesse tratar como simples bravatas ou retórica inconsequente.

É efeito cujas causas apontei neste mesmo espaço ainda em 2012. O leitor deste blog sabe muito bem disso. Nao é consequencia de qualquer oposiçao pessoal (Amastha tem sido um bom administrador e nao é condenado a nada que possa dar-lhe outro atributo negativo). Mas arbítrio foi, é e sempre será arbítrio. Nas democracias, se é livre. No absolutismo, o cidadao é apenas liberado. Há uma larga diferença.

São, em dado limite (ou falta dele) a negação do sistema que proporcionou-lhes o poder político-administrativo e que pretendem expandir justamente com as premissas de que atualmente fazem uso como ferramenta de cooptação. E que, nos meios e formas,  paradoxalmente negam.

Sempre haverá expectativa de entendimento e compreensão de equívocos. Disto depende, certamente, tanto o futuro do prefeito (na sua pretensão de disputar o governo) e a população do Estado. Ainda que se possa contraditar com os equívocos do atual governo, no caso em tela, não só equívocos: está-se diante de um retrocesso institucional e político.

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