“Não existe justificativa possível para os juros exorbitantes do rotativo dos cartões de crédito. Isso é extorsão”. O protesto é do senador Ataídes Oliveira (PSDB/TO), autor do requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito dos Cartões de Crédito, protocolado na noite de terça-feira (27) no Senado Federal.

Ataídes citou dados divulgados recentemente pelo Banco Central, apontando uma taxa média de juros do rotativo de cartões de crédito de 334,6% ao ano. Para quem paga o valor mínimo da fatura do cartão, os juros passaram de 218,3% para 233,8% no último mês do ano passado. “As taxas são ainda mais absurdas”, frisou o senador, diante da queda expressiva da inflação e dos juros básicos da economia, hoje em 6,75%.

Agiotagem

No requerimento de criação da CPI, o senador também fez um comparativo com as taxas cobradas em outros países, todas muito inferiores às do Brasil. Na Argentina, no Chile e na Colômbia, os juros do rotativo dos cartões de crédito não chegam a 50% ao ano.

“Essa diferença sugere que temos a prática de oligopólio de crédito e outros problemas que precisam ser identificados, inclusive eventual prática de crime”, argumentou Ataídes. Segundo ele, trata-se de “um caso espantoso em que o sistema financeiro doméstico faz o papel de agiotagem”.

O requerimento de criação da CPI foi protocolado com 35 assinaturas, oito a mais do que o necessário. A comissão será instalada logo que o

requerimento for lido no Plenário do Senado

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