Enquanto não ganha as eleições, o deputado Mauro Carlesse segue brincando de ser governador. Nao querendo ser desrespeitoso, mas está no cargo como interino enquando nao se dá as eleiçoes. Muito apropriadamente (uma determinaçao legal, na verdade) como assina nos decretos: presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Tocantins no exercício do cargo de Governador do Estado.

Neste 1º de maio, tivesse o presidente da Assembléia no exercício do cargo de governador tais prerrogativas, teria convocado uma rede de emissoras de rádio e tv para pronunciar-se pelo dia do trabalho. Não seriam, evidentemente, seus marqueteiros de campanha a aconselhar-lhe do contrário.

Decidiu, ontem, reduzir a jornada de trabalho do funcionalismo para seis horas com a justificativa (sem apresentar qualquer estudo que o demonstrasse) de contenção de despesas.

Mesmo fundamento usado por Marcelo Miranda em 1º de agosto de 2017, para acabar justamente com a jornada de seis horas. População e funcionalismo como azeitona na boca de banguela. O que os úne é o encerramento: 1º de agosto. Fim também do segundo quadrimestre quando o governo obriga-se a publicar relatórios da LRF.

Diferenciam-se quanto a prazos: Marcelo simplesmente acabou com o horário, Carlesse decidiu economizar, como se nota, com uma açao de sentido inverso, apenas no período de quatro  meses, uma economia temporária o que sugere que dela a administração prescindisse ou não tivesse o governo o propósito de enxugar a máquina  de forma perene como propala em seu discurso eleitoral. Daria, deduz-se,  um anestésico artificial nos 53 mil servidores apenas durante a campanha eleitoral.

Outra diferença relevante: as seis horas (que o mesmo Marcelo Miranda havia implantado em 2016 com idêntica finalidade de contenção) iniciavam-se às 12 horas. Mauro Carlesse decidiu inovar: todo mundo vai começar a trabalhar às 8 horas e deixar o trabalho às 14 horas. Ou seja, o funcionário pode sair do serviço e ainda dá tempo de pegar um cineminha enquando a administraçao (e a populaçao) fecha as portas.

Apesar de no Decreto 5.811/2018 o governo abrir a possibilidade de as chefias estabelecerem outro horário que não limitado das 8 as 14 anunciado, o Palácio passa um recado claro: das 8 as 14. Outras variações seriam exceções a confirmar a regra.Nao há dubiedade nisso.

Significa que o servidor vai gastar os mesmos quatro bilhetes de transporte coletivo ou o mesmo valor de combustível se quiser fazer suas refeições em casa.

Evidente que o funcionário terá que parar de trabalhar para fazer sua refeição no trabalho. Ou segurar o estômago por mais duas horas. Assim como é racional deduzir que a administração gastasse o mesmo com água, energia, telefone e que tais sendo a jornada das 8 às 14 ou das 12 às 18. Na matemátida, a ordem dos fatores, como se sabe, nao altera o produto.

Para a populaçao também pode piorar já que bancos iniciam suas atividades, por exemplo, as 11 horas quando os órgaos só terao mais tres horas de funcionamento normal. Algo que seria  mais em conta com a jornada iniciando às 12, uma hora após a abertura dos bancos. É a lógica. Eles sabem disso. Mas se importam mais com seus interesses que com a razao.

O que os separa (e aí o X da questão) é justamente o comércio de comida e transporte. De outro modo: Mauro Carlesse deu uma "demãozinha" aos donos de restaurantes e quiosques, padecendo com a crise política, institucional e ética gerada pela classe política (ele próprio Carlesse um dos artífices do caos) que faturarão com o fornecimento de comida aos servidores. É, faz sentido.

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