O governo federal tem sido um camarada com os Estados devedores junto a  bancos internacionais. Anuncia-se, agora (Folha de São Paulo de ontem) que ela passou de US$ 12 bilhões no ano passado para US$ 19 bilhões, o que em reais significa papagaios de R$ 20 bilhões.Neste bolo aí está o Tocantins que deve, em moeda nacional, o equivalente a R$ 566 milhões aos bancos estrangeiros. Somando aos R$ 1 bilhão e 96 milhões com instituições nacionais (BNDES e Caixa) e aos precatórios, a dívida consolidada do governo do Estado alcança a R$ 1,8 bilhões.

O Tocantins, apesar dessa dívida aí, cumpre (com folga), tanto  o limite de endividamento como de concessão de garantias. No primeiro, o limite é de R$ 9,8 bilhões (200% da receita corrente líquida) e, no segundo, de 22% (R$ 1 bilhão e 98), quando, atualmente, tem zero de garantia comprometida.

Em  números relativos, entretanto, a dívida não é café pequeno. Quer ver uma conta: o Estado do Rio de Janeiro tem uma dívida externa (com bancos estrangeiros) de R$ 5,4 bilhões (dezembro de 2012). O orçamento do Rio em 2013 é de R$ 72 bilhões para um PIB fluminense de R$ 407 bilhões e uma população de 15 milhões de habitantes. O Tocantins tem  um PIB de R$ 14 bilhões (Censo 2010 que o governo prevê R$ 21 bilhões/2013), população de 1,4 milhão de pessoas (estimativa IBGE 2013) e um orçamento 2013 de R$ 7,9 bilhões.


Traduzindo: cada morador do Rio de Janeiro teria que quitar um boleto de R$ 260,00 no pagamento da dívida externa de seu Estado. Já no Tocantins, com uma população de 1,4 milhão de habitantes, cada cidadão é responsável por uma fatura de R$ 404,00 (dos R$ 566 milhões de empréstimos)no papagaio junto aos bancos internacionais. Ou seja, o morador do Tocantins tem um custo com a dívida externa do Estado 55% superior ao que paga o contribuinte fluminense. Claro, como toda a diferença de qualidade de vida que aquele possui.

De outro modo: o Tocantins tem de dívida internacional o equivalente a 7,1% do orçamento anual (2013), estimado em R$ 7,9 bilhões. No Rio a mesma equação aponta para o comprometimento com dívida de 7,5% do orçamento de R$ 72 bilhões para o Rio em 2013. Só que, no Rio, o volume teve um acréscimo significativo de débitos nos últimos anos para fazer face às obras que estão sendo realizadas para abrigar a Copa do Mundo. O mais próximo que temos das Copas (Mundial e das Confederações), por aqui, é o aeroporto Lysias Rodrigues no sentido Brasília.

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