Parece  ter surtido o efeito menor que o esperado a declaração de apoio do ex-governador Siqueira Campos ao pré-candidato ao governo, Ronaldo Dimas, feita por intermédio do seu filho, o deputado Eduardo Siqueira. Leitores me indagam:

Intuo, com pouca margem de erro, os motivos:

1) uma declaração de apoio de um ex-governador (da envergadura de Siqueira Campos), pré-candidato ao Senado a uma pré-candidatura ao governo do PR (chapa que deveria abrigá-lo na  majoritária pela lógica política do anúncio) não é, evidentemente, posição que se faz por procuração.

2)da mesma forma que não se teve conhecimento de uma reunião ou assembléia ou  convenção do Democratas, partido de ambos, decidindo-se pelo apoio ao pré-candidato do PR, já que Siqueira e Eduardo não podem se candidatar sem a legenda.

3) daí, é possível inferir, que seria uma posiçao pessal dos dois. E que, a nao ser que sejam os donos do partido, o anúncio se apresentaria uma precipitaçao ou imposiçao. Outrora, com o mesmo Siqueira, fazia efeito e trazia consequencias. Sem poder político, entretanto, nao moveria, hoje, nada.

4)mede-se, com efeito, a fragilidade do anúncio (e da intenção de Eduardo e Siqueira), nos termos colocados, pelo silêncio eloquente de Ronaldo Dimas, o suposto apoiado, que não esboçou qualquer reação mesmo de agradecimento ao apoio de um ex-governador com nove mandatos nas costas pelo voto popular (cinco de deputado federal e quatro de governador). A nao ser que tenha reagido no particular a uma declaraçao pública.

Disto é possível concluir:

1) o anúncio de Eduardo repõe que ele continuaria querendo ao conseguir do pai, Siqueira Campos, apoio a sua estratégia política, agora com um adicional: uma candidatura que não encontraria apoio na totalidade da familia por questões óbvias. Ainda que dela Siqueira fosse merecedor. Mas sem o poder político do mandato.

 2)a não reação de Ronaldo Dimas pode, na verdade, ser considerada como uma reação em oposição ao fardo que poderá carregar, caso mantenha a candidatura: a)rombo no Igeprev;b)dupla e casuística renúncia; c) Operação Miquéias; d) acusação de desvios na ponte FHC; e) acusação de desvios nas obras das pontes (Emsa/Rivoli) e Operação Ápia. Numa campanha de 45 dias, torna-se difícil rebater denúncias de tal gravidade. Ainda que nao tenham resultado em condenaçoes a Eduardo e a Siqueira.

Eduardo pode estar querendo abrir janelas. E se assim o faz, é porque, como estrategista que é, as estaria observando fechadas. Mas é possível que muitos assim nao o vejam.

 

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