É cedo ainda para campanhas. Mas o prefeito Carlos Amastha, a manter-se a dinâmica das movimentações de seus principais formuladores políticos, tudo indica, terá dificuldades para alçar vôo em seu disseminado interesse na disputa ao governo.

Uma campanha ao Palácio Araguaia não se faz apenas com marketing ou grana, este ano limitada a R$ 2,8 milhões (oficiais) para candidatos ao governo em Estados com a população do Tocantins.

Em 2018, pior ainda com a redução do prazo para 45 dias. Requer um coordenador político conhecedor de lideranças nos 139 municípios. E, especialmente, com força política para firmar acordos. Se outros interesses que não a majoritária.

Seria um papel até hoje desempenhado pelo suplente de deputado federal, ex-presidente da Assembléia, Junior Coimbra, que, quando presidente do PMDB regional, dominou o partido de cabo a rabo, reduzindo o grupo de Marcelo Miranda a uns dez gatos pingados. E isto é, ainda hoje, se não é ativo, pelo menos abertura suficiente para conversas sobre apoios.

Amastha, como se sabe, é mercurial. Junior Coimbra, mais apaziguador, faz política olhando para a frente e não para o retrovisor. Amastha não conhece o Estado, mas tem sua administração na prefeitura da Capital para mostrar. Precisa de veículo/meio político para sua mensagem.

Coimbra até hoje tem livre acesso a peemedebistas (era aliado de Eduardo Cunha), tanto que mantém, ainda hoje, cargos que indicou no governo federal mesmo estando há quase três anos sem mandato.

Decidindo-se a disputar uma vaga (na Assembléia ou Câmara dos Deputados) Junior Coimbra abre essa vaga e fecha, indiretamente, portas a Amastha. Isto porque na lógica política um coordenador de campanha pedindo votos para si próprio não é uma boa estratégia, elimina apoios daqueles que disputariam o mesmo cargo. E aí é cada um por si e Deus por todos.

Como Amastha não é bobo nem nada, pode, realmente, estar em dúvidas quanto a uma candidatura ou cargo. Isto porque, no mercado atual e com as suas características e conhecimento das lideranças do Estado, as dificuldades para encontrar um coordenador com o perfil de Coimbra são imensas.

A não ser que Amastha decida importar um coordenador político da Colômbia ou de outro Estado e testar a sua vibe de que não precisaria de políticos para se eleger, uma conclusão óbvia das críticas que faz a políticos do Estado que, no próximo ano, serão os responsáveis por uma derrota ou êxito dos seus projetos. E Amastha não é certamente um estóico para acreditar que causas e efeitos  são coisas do destino.

 

Deixe seu comentário:

Dando continuidade às vistorias nas unidades de saúde pública de Palmas, nesta quarta-feira, 19, promotores de Justiça e servidores do Ministério Público do Tocantins, aco...

As unidades do Judiciário de Araguaína estão em fase de mudança para o novo Fórum da cidade, mas algumas já iniciaram suas atividades. A Vara de Violência Doméstica, o Jui...

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, finalizou mais um curso para os funcionários da fazenda Dois Rios em Lagoa da confusão. Dessa vez a instrutora do SENAR Adeuma Bo...