Os números dos hospitais no Estado determinariam, em condições normais, a substituição do Secretário de Saúde. Em defesa do próprio governo que, em não mudando a administração do setor, corre sério risco de ser demitido pelos eleitores nas eleições de 2018.

Há centenas de ações na Justiça cobrando atendimentos às vezes triviais. Vamos algumas de 2017: há uma fila de mil crianças aguardando cirurgias, pacientes de câncer de Araguaína na Justiça por medicamentos, pacientes do HGP na Justiça, por medicamentos, ações do MPE/MPF/Defensoria/Conselho Regional de Medicina na Justiça por leitos de UTI (adulto e infantil) no HGP etc.etc e etc.

Pois bem. Dados do Tesouro Nacional (Siconfi) registravam ontem que o governo do Tocantins foi o que mais gastou com saúde no país nos dois primeiros meses do ano: 26,80% das receitas. Como ele registrou R$ 1,4 bilhões de receitas primárias no período, significa que em 60 dias o governo teria aplicado R$ 375 milhões nos hospitais do Estado. Algo em torno de R$ 6,2 milhões/dia com os 2.133 leitos existentes nos 19 hospitais públicos.  Se ainda assim está o caos, a pergunta é: onde estaria sendo aplicada essa dinheirama toda.

A diferença é grande. Se o governo do Tocantins gastou 26,80% das receitas na saúde, o Amazonas aplicou no mesmo período 17,05%, Roraima (16,57%), Espírito Santo (14,05%), Pernambuco (13,52%), Acre (13,15%), Mato Grosso (12,09%),, Santa Catarina (11,48%), Pará (10,98%), Rio Grande do Norte (9,73%), Rondônia (9,27%), Ceará (8,52%), Rio Grande do Sul (8,49%), Piauí (8,33%), Paraíba (8,20%), Mato Grosso do Sul (8,17%), Bahia (8%), Paraná (7,43%), Alagoas (7,32%), Maranhão (6,63%), Goiás (5,87%), Minas Gerais (3,69%), Rio de Janeiro (2,47%) e Amapá (0,67%). Os dados de Sergipe e São Paulo estão indisponíveis.

Se levarmos em consideração os dados do Siconfi de 2016, o governo do Tocantins ocupa a terceira colocação entre os Estados que mais gastaram com saúde no país: 17,94% das receitas. Só perde para Amazonas (22,33%) e Espírito Santo (18,12%). Mesmo assim, a argumentação básica do governo é de uma crise nacional. Os números indicam que não é bem assim.

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