O governo Mauro Carlesse está encalacrado. E é melhor que assim esteja e se possa investigar os indícios e evidências de que, em tão curto espaço e exercendo uma interinidade, já seja caudatário dos vícios que o país tem passado a limpo na administração pública. A projeção para um possível governo definitivo é avassaladora, portanto.

As denúncias apresentadas pela coligação do senador Vicentinho Alves (e aceitas liminarmente pelo Tribunal Regional Eleitoral) de que haveriam fornecedores da saúde “sendo compelidos a pagar 40% dos valores recebidos”  e que “a ATS teria feito ou estaria em vias de fazer pagamentos elevados, algo em torno de R$ 5 milhoes de reais (sic) para quitar prestações de serviços realizadas  no passado, com o compromisso de devolver cerca de 40% ao investigado (Mauro Carlesse)”  são de uma gravidade extrema.

Juntando-se isto aí ao empréstimo de R$ 453 milhões com a Caixa, patrocinado por Carlesse (e uma das primeiras medidas dele na interinidade) para lama asfáltica (a exemplo dos desvios de R$ 1,2 bilhão da Operaçao Ápia, também em lama asfáltica e no período eleitoral) tem-se um caldo de cultura que drenou os recursos públicos para o bolso de políticos e empresários, um repeteco dos processos e denúncias investigados nas duas últimas eleições estaduais em 2010 e 2014 e com praticamente os mesmos personagens, como aponta a ação de Vicentinho Alves:

“Digno de menção, também, que o deputado federal Carlos Gaguim, ator principal dos abusos nas eleições de 2010 e o deputado estadual Eduardo Siqueira Campos, principal articulador da campanha eleitoral de Sandoval Cardoso em 2014, são os atuais articuladores da campanha eleitoral de Mauro Carlesse. Os contratos servirão de “moeda” para compra do apoio político de prefeitos, vereadores e demais lideranças políticas, tal como ocorre 2014, quando o esquema foi denunciado pela prefeita de Araguacema e pelo prefeito de Dois Irmãos”, remetendo a termos de decisão judicial da Justiça Federal na Operaçao Ápia.

A  Justiça Eleitoral, assim, agiu bem: interrompeu o ciclo. Se é que eles a respeitarão.

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