Hoje tem marcha dos vereadores a Brasília.  É provável que o ato impulsione outras movimentações. Nos bastidores políticos, por exemplo, é dado como certa a participação do prefeito de Palmas, Carlos Amastha, e dos coordenadores políticos de sua campanha ao governo (ainda que continue negando a intenção), Junior Coimbra e Ricardo Ayres, ambos secretários da Administração.

O prefeito saiu das redes mas não das articulações. Hoje, por exemplo, toma posse na Assembléia o suplente Ivory Lira (PPL). Assume a vaga do deputado Junior Evangelista e é razoável supor que a licença médica do deputado do PSC, por 120 dias, não tenha outra finalidade que não facilitar um antagonismo ao deputado Wanderlei Barbosa, seu adversário convicto, no Legislativo.  Ivory, de retórica mais inflamada, assumiria o papel inicialmente destinado a Alan Barbiero. O Legislativo,como resta evidente, é caixa de ressonância regional.

Amastha, no mesmo  movimento, aproxima-se de César Hallun que quer disputar o Senado. Em 2018 existe apenas quatro vagas majoritárias em disputa (governador, vice e dois senadores). Ainda que propague uma aliança institucional (por Palmas, mesmo depois dos entreveros de dois anos atrás) Vicentinho Alves, também nas últimas semanas tem se colocado próximo do prefeito e quer disputar o governo (mesma intenção de Amastha). É provável que concorde em disputar uma reeleição, mesmo assim no grupo que parece se formar, pelo menos aparentemente, teria Ataídes e o tempo de televisão do seu partido, PSDB para acomodar.

Isto porque embora Amastha se beneficie da disputa interna entre Cintia Ribeiro e Ataídes, o que importa para a eleição é  o tempo de tv do partido. E o cargo de vice-prefeito pouco lhe traria consequências, passadas as eleições. Como não precisa renunciar, perdendo, volta para o cargo. Ganhando, o deixa. Ou seja, o partido o antecede, fazendo  mirar em Ataídes. O que sela, certo modo, o destino de Cíntia.

O problema de Amastha é o prazo. Junior Coimbra, o seu maior articulador, enfrenta problemas na Justiça e Ricardo Aires (que é genro de César Hallun), que lhe auxilia, se movimenta sob a suspeição (infundada ou não) de tudo que se conhece da questão fundiária de Palmas, setor que Amastha despejou-lhe nos braços e que jogará luz em tudo que fizer na sua pasta, estabelecendo-se um link com sua atuação administrativa. Situação que em condições normais inibiria impropriedades públicas.

De outro modo: o prefeito tem que aproveitar o máximo até o guarda apitar. E aí as possibilidades de ocorrência de problemas aumentam de forma proporcional à urgência das ações que afastam uma melhor avaliação política sobre sua prática. Ou seja: o que, certo  modo beneficia Amastha nas  negociações políticas pode, certamente, prejudicá-lo na mesma medida.

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