Como você lê aí do lado, a Defensoria Pública entrou na Justiça contra governo para que administração coloque lençóis nos hospitais. A Defensoria, em ação civil pública, pede bloqueio de verbas do Executivo. Cirurgias graves estariam sendo desmarcadas por falta de pano nos hospitais do Estado. Ou seja: risco de mais óbitos. Não haveria lençóis nos leitos.
O governo gastou na saúde de janeiro a agosto (RREO) R$ 946,4 milhões (23,95% das receitas), contra R$ 1,527 bilhões nos doze meses de 2016 (17,94%). Está gastando este ano, portanto, seis pontos percentuais a mais. Ou seja: 33,4% a mais. Mas já empenhou em 2017 (janeiro a outubro) R$ 1.382 bilhão
De outro modo, só de alimentação, por exemplo, em números relativos, o governo terá elevado (no final do exercício, seguindo a inércia numérica) a necessidade de despesas (conforme a execução até aqui) nos hospitais, no ano, de 587 mil refeições/mês (números da licitação de 2016 em curso ainda inconclusa) em 196 mil novas refeições!!!!! Já que teria registrado, proporcionalmente ao aumento do gasto (e que o justificaria) uma elevação no número de pacientes, pela lógica matemática, em 33,4%.
Só para se ter uma idéia disso: para crescer 33,4% a população do Estado levou sete anos: era 1.090.106 (2010) para os atuais R$ 1,5 bilhão de habitantes (2017). A demanda nos hospitais foi elevada neste patamar em apenas um ano.
O orçamento do ano para a Saúde é de R$1,7 bilhão. O governo, entretanto, se vê emparedado por não disponibilizar lençóis ou aparelhos de medir oxigenação no sangue dos pacientes. Só na última semana, foram duas decisões da Justiça mandando o governo pagar cirurgias a crianças. Assim como ações do MPE para regularizar alimentação aos pacientes nos hospitais.
E ontem assinou ordem de serviço da ponte de Porto, no valor de R$ 130 milhões, ainda sem ter contratado o empréstimo com a Caixa (está sem CRP) e sem orçamento.
