Uma das justificativas do governo para o retorno das oito horas está centrada na redução de despesas de custeio. A Secretaria de Planejamento estaria fazendo um levantamento sobre se haveria economia ou aumento de despesas. Ainda assim tomou-se a decisão.

Mas vamos lá. Dias atrás, o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos, Cleiton Pinheiro, informava a este blog que o governo (Secretários, na reunião de discussão da data-base) teria anunciado em reunião com sindicalistas (ele próprio presente) há cerca de dois meses, que a administração teria obtido uma economia de cerca de 33% com a jornada de seis horas. Números relativos, mas um referencial, que não devem ter partido do nada.

Pois bem, vamos para efeito de raciocínio: O Executivo (isto mesmo, apenas o Executivo) registrou despesas de custeio (sem gastos com  pessoal) de R$ 2,257 bilhões no exercício de 2016 (Balanço Orçamentário do governo). Ou seja, uma média de R$ 183 milhões/mês). Partindo-se deste número (e que o governo por inércia o tivesse mantido em 2017), teria proporcionado (caso prevaleçam os números apresentados pelos secretários) uma economia de R$ 60 milhões/mês (R$ 183 milhões X 33%). Isto em nove meses (prazo das seis horas), resultaria uma economia de R$ 540 milhões. Um pouco mais, um pouco menos.

E por que o governo não informa de público no anúncio da jornada de oito horas o que os secretários demonstraram aos sindicalistas? Ora, porque decidiu fazê-lo por outras questões que  não tem interesse em explicar à população. Isto porque é uma falácia informar que não houvesse economia quando não se desliga a energia, a água, o telefone, xerox e que tais. Algo meramente matemático. E o problema, como se nota no post anterior, não será a falta de servidores. E sim o seu excesso o que, mais uma vez, impulsionaria em condições normais o governo a fazer uma escala de turnos.

Tudo indica que a administração, mais uma vez, faz uso de marketing com a administração pública. Na mesma ação, objetiva demonstrar à população rigor fiscal e jogá-la contra o servidor público, seja em função da cobrança dos passivos ou demonstrar que estariam trabalhando de menos por defender a jornada de seis horas que, como demonstram os números, inclinam-se a comprovar que teria possibilitado economia, como aduziram os secretários aos sindicalistas.

Um detalhe: a economia de R$ 540 milhões seria mais que o passivo admitido ter o governo com os servidores. E a questão é que tanto a elevação de gastos como os passivos trabalhistas não são obra dos funcionários. Nem da população.

Deixe seu comentário:

Dando continuidade às vistorias nas unidades de saúde pública de Palmas, nesta quarta-feira, 19, promotores de Justiça e servidores do Ministério Público do Tocantins, aco...

As unidades do Judiciário de Araguaína estão em fase de mudança para o novo Fórum da cidade, mas algumas já iniciaram suas atividades. A Vara de Violência Doméstica, o Jui...

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, finalizou mais um curso para os funcionários da fazenda Dois Rios em Lagoa da confusão. Dessa vez a instrutora do SENAR Adeuma Bo...