A perda do suplente de deputado federal Junior Coimbra é um baque duplo ao ex-prefeito Carlos Amastha. Os dois desenvolviam uma relação de confiança e cumplicidade de projetos perceptível e isto emprestava segurança ao ex-prefeito (como também o era Junior Coimbra), necessitado de um operacional para entender a logística das lideranças e do voto no Estado. E Coimbra de uma via para escoar seus conhecimentos, ressentimentos, líderes e propostas.

Junior Coimbra queria também ser governador. Talvez em função das ações ainda oriundas da presidência do Legislativo, dos desgastes da intervenção no MDB em 2014 ou do inferno por que passa o MDB do ex-presidente da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha, de quem foi um dos articuladores políticos que começava a despontar no Congresso, tenha apenas adiado o projeto.

E Amastha representasse uma mera travessia, ainda que se a imaginasse duradoura até pelos laços que a dupla firmava. E o confirmava nas viagens de campanha que o retiraram de cena.

Ganhava Junior Coimbra com Amastha há três anos um sentido até embalar novamente. Não resta dúvida de que o ex-prefeito tivesse dificuldades para encontrar um líder com o perfil e a rede de Junior Coimbra.

Pragmático, tencionava reiniciar pelo Legislativo estadual ainda que fosse competitivo numa disputa na Câmara dos Deputados. Renunciou  a uma disputa para federal e isto tem um custo para ambos os lados, doador e receptor.

Não faz quatro anos, Junior Coimbra teve a quase unanimidade dos convencionais do MDB (em convenção estadual, diga-se) nos 139 municípios para ser o candidato do partido ao governo, só não o sendo por força da intervenção da direção nacional.

Um espólio e tanto que somado à simpatia que carregava, valia muito. Transitava em praticamente todas as correntes políticas do Estado, conservadoras ou progressistas.

Tanto é que sua morte parece comover as pessoas indistintamente. Pela cobertura jornalística, com efeito, não se deduz ter sido o desaparecimento de um político e coordenador de campanha de um ex-prefeito que a própria mídia cuida, muito apropriadamente no seu papel,  de revelar suas contradições.

Para grande parcela dos jornalistas nas redes sociais e a partir da cobertura, não morreu o ex-deputado: morreu um amigo. No que não deixa de contaminar o registro do fato ainda que Coimbra (e sua família remanescente) o seja merecedor.

A saída de cena de Junior Coimbra pode ser determinante na campanha eleitoral de Carlos Amastha na eleiçao suplementar. Há poucos dias (praticamente quatro semanas) para uma reação ao sentimento que deve tomar conta, neste momento, não só de Amastha, mas do staff de campanha e das lideranças.

Primeiro tem que entender o que aconteceu, depois compreender e só então reagir. Ainda estão na fase da perda. Depois virá a negação, o sofrimento, a desestruturaçao até o processo de aceitação e recuperação. Esse tempo, a priori,  Amastha não tem na Suplementar.

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