Política e políticos tem cada coisa. Há setores nos últimos dias enchendo o balão do prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, como potencial candidato ao governo.
Não que Dimas não tenha competência ou possibilidade de ser candidato. É, de longe, o melhor prefeito de Araguaína nos últimos 20 anos. E olha que se não por mais tempo.
A questão é a logística das alianças partidárias e elas apontam para uma probabilidade diminuta do prefeito candidatar-se ao governo ou ao Senado, permanecendo no PR.
Há o fator Vicentinho Alves (que já informou será candidato ao Senado) e Marcelo Miranda, em vias de aliança com Vicentinho, que comanda o partido (é presidente regional).
É pouco plausível uma chapa com Marcelo Miranda e Vicentinho de senador e Dimas de governador. Ou Marcelo, governador e Vicentinho e Dimas ao Senado.
Questão agravada pelo conhecido projeto de Dimas de eleger o filho a deputado federal. Também pelo PR.
Evidente que o Estado já teve eleitos (uma única vez em 29 anos) dois senadores de um mesmo partido: João Ribeiro e Leomar Quintanilha, em 2002, naquela eleição em que Marcelo Miranda venceu Freire Junior (PMDB), também pelo PFL, ao lado de Siqueira Campos.
Mas tinha o efeito Siqueira Campos. Hoje, não!!
O impulso a Dimas (que lhe traz ativos), neste contexto, parece justamente querer elevar o valor de mercado do prefeito, depois de ser humilhado pelos deputados estaduais (e o governo que aceitou e publicou a lei) na retirada dos recursos daquela rodovia do município para os parlamentares redistribuírem a outros prefeitos.
Com a possibilidade de aliança, é melhor ter Dimas dentro que fora. Daí a bombada na vaidade do prefeito. E por ele prontamente aceita pelos mesmos motivos: se não ganhou, pelo menos empata.