A cinco dias úteis do final do quadrimestre, tudo indica que os técnicos do Planejamento do governo estejam administrando dificuldades para calibrar os números da Administração e publicar balanços que reúnam condições de atrelar (ou desatrelar) o discurso e (da) prática do Palácio Araguaia. Com os desdobramentos políticos subsequentes, ainda que a letargia do Palácio tenha erguido na população e na maioria parlamentar uma paralisia tal a ela proporcional, que já pouco importam os resultados ou a falta deles, no que dá no mesmo.

A situação é pior que os números da jornalista Aline Sene, da coluna política Antena Ligada, de ontem, que registra o comprometimento de 63% das receitas correntes líquidas apenas com a folha de pagamento de pessoal: 14 pontos percentuais ou 28% acima do limite máximo estabelecido pela LRF (49%). E não estamos falando do governo todo (os poderes tem seu próprio cálculo, despesas pagas com o duodécimo) cujo limite máximo é 60%. Ainda assim, estaria acima do determinado por lei.

Para se ter uma idéia, se no primeiro bimestre (no balanço publicado) se tinha uma Receita Corrente Líquida (soma do mês de janeiro mais os onze meses anteriores, descontadas as transferências constitucionais) de R$ 7,4 bilhões (somada a repatriação) em abril (até hoje/últimos doze meses) essa Receita Corrente Líquida caiu (com as deduções) para algo em torno de R$ 5 bilhões (teve receitas totais de R$ 8,6 bilhões nos últimos 12 meses e transferências constitucionais de R$ 3,7 bilhões/a deduzir-se Fundeb/FPE/ITR/FEX). Isto sem contar a dedução dos repasses de ICMS (25%) e os 50% do IPVA que também não entram no cálculo da RCL.

Como as despesas com pessoal não tiveram redução correspondente ao que se deu nas receitas (pelo contrário), o fechamento do Relatório de Gestão Fiscal do I Quadrimestre pode fazer mais água no governo. Diferente dos 48,34% a que os técnicos conseguiram enquadrar, a custo, a administração no exercício de 2016. O governo tem 30 dias, a partir de 30 de abril, para publicá-lo.

Daí a intensidade da divulgação de propagada publicitária nas tvs, portais e rádio acerca de projetos em curso, oriundos de outras administrações, dando a entender provenientes da Administração atual, sem que nada de novo os tenha acrescentado, que não novas imagens e seu calibrado tratamento visual. Ademais, muitos destes projetos (como o São João, Manoel Alves ou o Prodoeste) prejudicados pela omissão de governos anteriores e deste atual.

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