Há temas que não se pode deixar para trás. A campanha eleitoral está aí e nela se vê teses repetidas, propostas renovadas e até estratagemas irracionais e desonestos.
Explico: o senador Vicentinho Alves há dois dias é confrontado (por seus adversários, lógico) nas redes sociais com um suposto desempenho na tribuna do Senado, que seria irrelevante.
A idéia, deduz-se, é de que se não teria um desempenho qualificado na tribuna do Senado, não teria atendido a população do Estado e, portanto, não teria qualidades para governar o Estado.
Uma desonestidade intelectual que indica Vicentinho estar incomodando na disputa. Ninguém ataca aquilo que não o ameaça. E ainda mais com uma tática dessas, atuando sobre as vontades por meio de motivações.
Intui-se que os adversários do Senador estariam apostando naquele surrado expediente de imaginar que as pessoas, regra geral, desconheriam a verdade objetiva ou onde ela se encontraria. Afinal, enganamo-nos com frequência. Bastaria, então, impulsionar uma verdade objetiva como acidente.
Ora, como você lê aí do lado (e não há razão para duvidar-se dos números porque são públicos, acessíveis a qualquer um), o Senador nos sete anos de mandato destinou ao Estado algo em torno de meio bilhão reais de emendas individuais e de bancada.
Não vou entrar no mérito de seus posicionamentos político-partidários ou de sua atuação parlamentar legislativa, mas confrontar discurso com recurso é uma ignonímia num Estado onde 150 mil (conforme o IBGE) tem renda de R$ 90 por mês e 600 mil dependem do bolsa família. Mais: 850 mil (conforme o Banco Mundial) situam-se na pobreza e extrema pobreza.
Conclusão óbvia: Vicentinho Alves parece estar incomodando. Não para menos. E sao seus próprios adversários que estariam passando recibo de que podem estar ficando para trás a menos de um mes das eleiçoes.