A CBN informava nesta manhã que senadores do PMDB discutiram em jantar na residência da senadora Kátia Abreu na noite de ontem saídas para crise. De outro modo: pensavam em nomes para substituir Michel Temer.

Uma obviedade que também tivessem discutido a mudança do líder peemedebista no Senado, cargo hoje ocupado por Renan Calheiros, em guerra aberta contra o Presidente da República, do mesmo partido.

A crise na liderança no Senado (que aprova ou não o impeachment do presidente) é só mais uma fenda na governabilidade de Temer. Ali, o PMDB tem 22 senadores (na Câmara dos Deputados são 63 parlamentares).  Se já se tinha aquelas gravações com um “bandido” nas madrugadas no Palácio, Temer é levado a administrar liderança no próprio partido, fazendo reunir senadores para conter Renan, outrora aliado.

São questões perimetrais nesta quinta quando estoura no país outra crise: de democracia. Fundada na intervenção das Forças Armadas ontem em Brasília. Os mais exaltados mostram-se indignados sugerindo o retorno de métodos militares como um retrocesso.

Deixam de lado que o pedido teria partido da presidência da Câmara dos Deputados. Mesmo que Rodrigo Maia, preocupado com seu ativo político, tenha contraditado, em seguida, a ação esclarecendo da tribuna que teria solicitado força de segurança. E não o Exército. Uma diferença nada irrelevante.

O problema aí é que Michel Temer, neste caso específico, agiu como prevê a Constituição da República: na agressão aos poderes tem a prerrogativa de convocar as Forças Armadas. Independentemente de pedido do Congresso. O governo do PT é que negligenciava isto, especialmente em São Paulo, administrado pelos tucanos o que sugeria ter o governo federal, lá, interesse no quanto pior, melhor. Ou a bagunça de ontem teria sido menor que aquelas na Paulista no ano passado? Nada diferente das outras bagunças patrocinadas pelas centrais sindicais (com dinheiro público) no mesmo Eixão Monumental na Esplanada dos Ministérios em anos anteriores.

Essa bagunça e inversão de leituras e narrativas possibilitam, sim, retrocessos. Ainda que há muito os militares tenham deixado de fazer política, dedicando-se ao exercício técnico militar, sua função constitucional. Ou seja, os militares amadureceram, os políticos é que, tudo indica, pioraram, fazendo da democracia instrumento de defesa de suas plataformas pessoais de poder, quase sempre reacionárias. Mas ainda estamos numa democracia em que a população/eleitor tem a prerrogativa de substituí-los.

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