O Banco Central reviu a previsão de crescimento do PIB para 2018: 2,75%. No relatório Focus (publicado no dia 20 de abril) a inflação também segue em viés de baixa: 3,49%. Do PIB, dependem os impostos; do mercado, os preços.

Os candidatos ao governo registraram ontem suas candidaturas, entretanto, sem observarem campo e território. Em outras palavras: um vôo cego impulsionado por palavras-chave porque de seus projetos propostos não emerge ponto de partida ou chegada com alguma razão numérica ou categoria de pensamento econômica. A ignição de tudo.

O Estado que querem administrar calculou seu orçamento projetando uma inflação em 2018 de 4,30% e um PIB nacional com elevação de 2,50%. Ou seja, temos agora um inflação menor e projeção de crescimento maior.

Isto certamente levaria a um orçamento mais em conta para o governo, com consequentes possibilidades aumentadas de melhorar o serviço público.

O problema é que orçamentos representam ficção apenas quanto as receitas e não às despesas. A autoridade política assim os trata. Esta mesma variação inflação/crescimento PIB sinaliza-a a gastar mais. Quando poderia sanear as contas.

Muito bem exemplificado na decisão do Executivo estadual de buscar viabilizar novas dívidas de R$ 729 milhões (R$ 453 milhões retirada de avais na semana passada)  para o contribuinte, como se dá com Mauro Carlesse no governo interino e na disputa pelo mandato tampão. Por outro lado: ao invés de fazer uso do excedente para pagar dívidas e investimento, decide-se por comprometê-lo com novas prestações.

Não há uma inflexão ao movimento que orientou todos os governos que passaram pelo Palácio Araguaia. Só para se ter uma idéia, de 2010 a 2017, a dívida consolidada do Estado cresceu R$ 3 bilhoes (passou de R$ 874 milhoes para R$ 4,1 bi, se Carlesse aprovar os empréstimos), a folha de salários R$ 3,6 bilhões (de R$ 1,852 bilhoes para R$ 5,4 bilhoes) e as receitas correntes líquidas apenas R$ 3,3 bilhões ( de R$ 3,881 bilhoes para R$ 7,1bilhoes).

Ou seja: despesas (só dívida e salários) aumentaram R$ 6,6 bilhões e as receitas pela metade: R$ 3 bilhões. O resultado não poderia ser outro: no período, os investimentos despencaram de R$ 843 milhões (2010) para R$ 425 milhões e 2017.

Pouco ou nenhum valor se dá a este aspecto da administração pública por motivos óbvios: inibiria a sangria de aumentar os gastos públicos. E sem isso, a empresa do gasto e do desvio não sobreviveria.

 

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