Quando escrevi aqui no dia 19 de setembro, há uma semana (http://luizarmandocosta.com.br/noticia/governo-extrapola-de-novo-gastos-com-pessoal-fechou-o-2o-quadrimestre-gastando-50-27-contra-49-31-do-1o-quadrimestre-que-coisa/14758) que o governo tinha extrapolado, arrebentado a boca do balão nos gastos com pessoal (fecharia o quadrimestre com 50,27% contra o limite máximo de 49% da LRF), os peemedebistas palacianos (aqueles que vêm no blog um adversário, pode???!!!!) fizeram primeiro, suas pontuações nas redes, aquelas impublicáveis só possíveis em déspotas não esclarecidos.

No segundo movimento, fizeram uma caça às bruxas para identificar quem teria repassado ao blog os números. Como se nota, duas premissas conflitantes: se não seriam verdadeiros os números por que motivos se preocuparia com quem os havia repassado. Não creem em confiabilidade, confidencialidade, confiança, estas coisas que se dedica a quem se conhece e confia, sem o comércio inescrupuloso recorrente no poder público. E que não é conquistada da noite para o dia. Às vezes se tem por décadas de trabalho.

Pois é. Relatório de Gestão Fiscal publicado pelo governo no Diário Oficial de ontem registra o que o blog havia antecipado há uma semana: o governo fechou o quadrimestre consumindo os antecipados 50,27% da receita corrente líquida com o pagamento de servidores.

Como havia registrado (também no Diário Oficial) um gasto de 49,31% no primeiro quadrimestre, os números estão a demonstrar que o governo continua contratando servidores, mesmo desenquadrado na Lei de Responsabilidade Fiscal e propagandeando corte de gastos como demissões no setor. Seria o caso de contrariedade à lei da física: quando mais corta, mais se acrescenta.

No RGF publicado no DO de ontem, o governo teve (de setembro/2016 a agosto/2017) uma RCL (Receita Corrente Líquida) de R$ 7.371.392.398,70. E gasto com o pagamento de salários o equivalente a R$ 3.705.076.158,90 (despesa líquida).

Para se ter uma idéia disso, o Relatório de Gestão Fiscal do primeiro quadrimestre de 2017 publicado no DO registra uma Receita Corrente Líquida de R$ 7.351.017.551,81. E uma despesas com pessoal de R$ 3.621.033.818,91.

De outro modo: o governo aumentou sua despesa com pessoal no segundo quadrimestre em R$ 84 milhões (R$ 84.042.340). Uma média mensal de R$ 21 milhões a mais com salários. Por outro lado, as receitas cresceram apenas R$ 20 milhões (R$ 20.374.847) – média mensal a mais de R$ 5 milhões.

Conclusão: o governo aumentou as despesas com contratações na proporção de quatro vezes o aumento das receitas.

Alguma empresa estaria aberta com esse perfil? Mas os palacianos não veem nada de anormal. O problema é o blogueiro que fica escrevendo essas bobagens.

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