O PMDB decidiu, na manhã desta quinta, expulsar a senadora Kátia Abreu, conforme a Folha de São Paulo. A decisão da Comissão de Ética teria sido por unanimidade.
Acusação: violação ao Código de Ética e Fidelidade e o Estatuto da sigla por criticar a roubalheira da direção nacional do partido, a reforma trabalhista e a reforma da previdência.
Permanecem no PMDB os éticos: Michel Temer, Romero Jucá, Renan Calheiros, Geddel Vieira Lima, Eunício Vieira, Moreira Franco, Eliseu Padilha, Eduardo Cunha, Lucio Vieira Lima, Carlos Marun, Jader Barbalho, Valdir Raupp, Rodrigo Loures, José Sarney, Sergio Cabral, Henrique Eduardo Alves, Jorge Picciani e os peemedebistas do Estado da Operação Rei do Gado.
Pela moral e ética do PMDB, criticar o roubo é o vício o que torna, por consequência, sua defesa a virtude.
Kátia Abreu não teria melhor carimbo na disputa pelo voto contra Marcelo Miranda, candidato do partido à reeleição, que o atestado de honestidade que lhe concede o PMDB, ao dizer que a parlamentar não respeita os princípios da legenda, com a expulsão por tais fundamentos.
Kátia pode recorrer da decisão. Mas, racional e politicamente, certamente não o fará. No PMDB ela já não estava e não teria, pela lógica, legenda para candidatar-se ao governo, dada a pretensão de Marcelo e as diferenças ideológicas.
O PMDB regional, ao invés de cozinhar a situação e deixar a Senadora trocar oficialmente de partido (que necessariamente se quisesse se candidatar com tais circunstância teria até abril para fazê-lo), preferiu dar-lhe uma atestado de bons antecedentes. Fazer o quê? Nem sempre é possível entabular um raciocínio lógico quando o fígado é o cérebro.
