Como antecipei pela manhã, o problema para o fim da greve é o corte de ponto dos grevistas, de que o prefeito Carlos Amastha não abriria mão. É o que se abstrai das declarações dos vereadores da base governista nesta quinta na Câmara de Vereadores.
O Executivo municipal, também como informei aqui hoje na primeira hora do dia, já teria um planejamento para acertar todas as pendências com os professores até o final do ano. Ainda assim os servidores mantém a paralisação e a greve de fome.
Pode ser que represente uma estratégia do Executivo a disseminação, por parte de seus aliados, sua disposição em cumprir os acordos, menos quanto ao corte de pontos. Mas, racionalmente, seria um tiro no pé dada a proximidade das eleições de que tem interesse em disputar.
Observando por esta perspectiva, a manutenção da greve deriva indiscutivelmente para o embate político. O prefeito acusando o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de transformar uma greve reivindicatória em instrumento de disputa de poder.
E os sindicalistas concordando com o prefeito, dando-se-lhe razão na dedução: conclamando publicamente sem qualquer pudor a categoria para derrotar Amastha nas eleições de 2018, como o fizeram ontem.
No meio disso tudo, pais e alunos prejudicados e levados, pela retórica disseminada, extremamente contraditória entre a intenção o gesto, a ver nos sindicalistas a materialização do bem e no prefeito o mal encarnado.
Se o prefeito garante o pagamento, com planejamento até dezembro para quitar, afinal, por que motivos a greve continuaria? Pelo corte de pontos dos dias parados? Assim fica fácil fazer greve: deixa-se de trabalhar e não tem nada descontado!!!!! Como é, então, que se poderá cobrar reposição de dias considerados posicionados?
O prefeito pode até negociar o pagamento dos cortes. Mas, racionalmente, é implausível empregado fazer greve por não corte de dias que não trabalhou. Mesmo atendida a reivindicação que a teria motivado.
