O Jornal do Tocantins desta quarta revela que os bancos suspenderam empréstimos a servidores públicos. Motivo: uma dívida de R$ 182 milhões.  Os servidores estariam negativados no SPC/Serasa. Tiveram as parcelas descontadas dos salários e o governo não as repassou às instituições financeiras.

Não é nada novo nem é o fundo do buraco. Como apurou este blog (veja postagem anterior de ontem), o governo deve ainda R$ 18 milhões para o BrasilCard e R$ 4 milhões para Policard e BMG.  A grande maioria dos servidores faz uso do cartão para comprar comida e pagar postos de combustíveis. Acham que é um segundo salário. Não é. A dívida também é dele.

Vamos a outra continha básica: a folha de pagamento bruta do governo está por volta de R$ 320 milhões/mês. O governo há três anos só paga a folha líquida: R$ 190 milhões. Só de janeiro de 2015 a abril de 2018 seriam, portanto, 40 meses.

Bom: 40 meses vezes os R$ 320 milhões/mês totalizariam um gasto de R$ 12,8 bilhões nestes três anos e quatro meses. O governo só pagou, nesta aritimética, o equivalente a R$ 7,6 bilhões (40 x R$ 190 milhões). Dívida com contribuições, igeprev e que tais: R$ 5,2 bilhões.Com pouca margem de erro para cima ou para baixo.

Mauro Carlesse, como se fosse o arauto das boas notícias e o cavaleiro solitário da boa venturança e do combate ao desperdício, anunciou esta semana - em meio a declarações de contrariedade pela não autorização pela justiça federal de mais uma dívida de R$ 453 milhões - uma dívida de R$ 1,346 bilhões. Deixando de lado, entretanto, os R$ 3,358 bilhões da dívida consolidada.

Uma oposição ao governo Marcelo Miranda, esquecendo-se que boa parte das dívidas e das inconsistências da administração fora por ele consentida como presidente do Legislativo. Inclusive no aumento das despesas orçamentárias este ano na ordem de R$ 500 milhões, sancionado se qualquer resistência de Marcelo Miranda. Ou no engavetamento do projeto que cortava a renúncia fiscal de R$ 1 bilhão a empresários que não comprovam a contrapartida dos convênios com a Fazenda.

Mauro Carlesse deveria aos servidores públicos e à população explicações sobre onde se encontrava e porque não ofereceu crítica ou resistência à apropriação  indébita que o governo fazia  (e continua fazendo no seu governo interino) no bolso dos funcionários e da população. Como é notório na elevação das despesas orçamentárias sem a devida contrapartida e no surrupio do dinheiro das prestações dos empréstimos dos servidores públicos.

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