O secretário de Administração, Geferson Barros, tem uma missão ingrata: explicar nesta quarta como fica o Plansaúde. Deve anunciar o resultado da licitação.
Explique-se: o governo fez um pregão para contratar uma empresa com a finalidade de substituir a cooperativa Unimed na intermediação junto a médicos, hospitais e outros prestadores de serviço.
O problema é que encontrada a nova empresa, a situação permanecerá porque a questão não dizia respeito à cooperativa Unimed e sim à falta de pagamento do governo de algo em torno de R$ 70 milhões. Ou seja, sem pagar, certamente os profissionais não atenderiam de novo. Por que motivos acreditariam novamente na promessa sem a quitação da dívida anterior. Apenas no gogó!!!!
Pode-se mudar a empresa mas o pagamento (ou a falta dele) continuará porque depende só do governo. E aí o Secretário estaria de pés e mãos atados: pagamentos tem um comando que não da Secretaria da Administração.
Por isto, profissionais e hospitais, ainda que tenham feito o credenciamento no final de 2017, estão impondo dificuldades para atender os 90 mil usuários do Plansaúde quando não simplesmente negam atender, como os servidores tem conhecimento na prática desde o ano passado.
Ou seja, para a rede particular, o problema não é a empresa que intermediaria pagamentos. E sim o próprio pagamento (ou falta dele) pelo governo do trabalho que prestam. E a possibilidade de se manter o método.
Afinal, não são obrigados a financiar também a saúde de servidores e usuários, enquanto o Palácio apropria-se das contribuições dos funcionários.
