A decisão de dirigentes do PSDB em Porto Nacional de optarem por apoiar a candidatura do senador Vicentinho Alves ao governo (e sua  aceitação por parte do Comandante) oficializa que o parlamentar é o candidato do PR nas eleições suplementares e, evidentemente, empurra o até então pré-candidato do PR, Ronaldo Dimas, para fora do partido e da candidatura republicana.

Vicentinho, certo modo, sem a realização de convenções ou assembléias, faz do partido sua sesmaria e aplica sua própria lei: aquela que o caracterizaria como um donatário partidário sendo, portanto, senhor de dizer quem é ou não é candidato na hora que entender de sua conveniência.

Como as consequências não vem antes, mas depois, é aguardar o resultado da empreitada na eleição suplementar (que não contemplará eleições ao Senado) para saber-se a projeção das eleições normais quando o Senador poderá disputar a reeleição, dependendo de coligações e da maior carga de apoios do partido que agora divide na suplementar.

O Senador alega que não dividiria o partido e que será candidato apenas e tão somente se Ronaldo Dimas não obter condições para tal. O problema é que a antecipação de vontade, joga água fria na pretensão de Dimas, expondo um divisionismo com consequências diretas nos seus ativos eleitorais.Capaz de interferir até mesmo em outro partido como é o caso do PSDB, tamanha a voracidade da intenção antecipadamente manifestada. Uma obviedade que os tucanos de Porto foram, na verdade, cooptados por Vicentinho. E não o contrário.

No PSDB, a decisão do senador Ataídes de Oliveira de tomar providências judiciais quanto à decisão dos tucanos portuenses é, por força da questão  da fidelidade partidária, medida mais que normal.  Afinal, se o partido tem um pré-candidato, não faz sentido uma comissão municipal apoiar candidato de outro partido por melhor que sejam os seus interesses.

A questão não é só a cor dos olhos de quem apóia ou de quem é apoiado. São recursos do fundo partidário, do fundo eleitoral, da propaganda partidária e eleitoral gratuita (financiada pelo contribuinte) que, ao invés de atender às necessidades das candidaturas próprias,  beneficiariam adversários. E de propostas e projetos partidários. O PR é liberal e o PSDB socialdemocrata, um capitalista, outro socialista.

Democraticamente, os tucanos portuenses deveriam pedir desfiliação do partido para poder apoiar Vicentinho Alves, tendo Ataídes Oliveira, presidente regional tucano, como candidato. Na verdade, o grupo conseguiu criar um fato político em favor de Vicentinho já que tem conhecimento suficiente para saber da legislação eleitoral e partidária, de forma que o discurso de crítica a Ataídes e em defesa da democracia seria mero casuísmo.

 

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