Há um raciocínio interessante sendo amplificado: o deputado federal  Junior Coimbra teria sido excluído do PMDB e, agora, portanto, estaria liberado para pedir  votos a Sandoval Cardoso, adversário do candidato do PMDB, Marcelo Miranda, nas eleições deste ano. Curioso, o assunto é propalado pelo próprio parlamentar.

Como se nota, uma falácia retórica estampada no discurso e na explícita seleção de observações. Afinal, como é que, pela razão, o PMDB pudesse querer  excluir  Junior Coimbra se concedeu-lhe a legenda? Mesmo depois de ter suspendido sua filiação o que impossibilitaria sua candidatura? Ainda que os atuais argumentos do deputado federal e da coligação governista estejam a comprovar que a Comissão Executiva Nacional do partido  estivesse correta na intervenção e na suspensão de sua filiação por infringir os estatutos do partido.

É claro que há divergências internas como, aliás, existem em qualquer partido. Por sinal, no PMDB, elas, como é de conhecimento público, foram realçadas pelo próprio parlamentar que não concordou (como ele próprio diz) com a entrada de uma Senadora no partido. E nos seus aliados que, antes daquela intervenção, declaravam com todas a letras que não "deixariam" a parlamentar candidatar-se à reeleição, antes mesmo de qualquer convenção e diante dos números inquestionáveis das pesquisas eleitorais. Onde, então, estaria o germe da exclusão?

Na verdade, após ficar dois anos, como é público, descumprindo acordos deliberadamente para os fins que hoje não mais disfarça (como acusam os peemedebistas), o deputado (com ressonância de seus aliados governistas) se perde no contexto criado e utiliza, agora, a estratégia de atacar o argumentador e não o argumento: o PMDB e não os seus motivos, o que sugere tenha ficado sem discurso.

Pragmaticamente, entretanto, ao PMDB, na verdade, pouco importa essa briga. Os votos de Junior Coimbra fazem legenda para Marcelo Miranda e não para Sandoval Cardoso. Aliás, a situação pode estar mesmo é criando atrito no grupo governista dada a possibilidade de um peemedebista cooptar votos  na seara do Palácio e mandá-los diretamente, sem intermediários, para o balaio de votos dos candidatos marcelistas.

A não ser que Sandoval Cardoso e o próprio Junior Coimbra acreditem que o deputado federal possa fazer seus eleitores peemedebistas votarem nele e , na escolha de governador, façam opção por Sandoval  em detrimento do candidato do partido. Uma equação deveras difícil de dar soma na projeção que parece se imagina. Só mesmo em esparsos desgastes onde a retórica possa penetrar.

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