Eleição provoca cada uma. Somos informados pela procuradora geral da República, Raquel Doodge, de que candidato ficha suja não terá acesso a recursos do fundo partidário. Só faltava essa: se candidato ficha suja no pode ser candidato, como teria acesso a recursos a doutora ficou a dever explicação.

Mais: essa lista do TCU com o nome de mais de 7 mil políticos que tiveram contas rejeitadas pelo órgão (dentre eles o senador Vicentinho Alves) é de uma má fé impressionante.

Primeiro porque contas rejeitadas podem ter, evidentemente, sanadas pelos administradores fiscalizados as inconsistências encontradas.

Segundo, não menos relevante, ao entregar a lista à Justiça Eleitoral (e o propagar sem as explicações devidas), o Tribunal está sugerindo à população que sua lista seria de inelegíveis.  Uma vigarice.

Não haveria maior prova disso que a certidão do mesmo Tribunal de que, por exemplo, Vicentinho Alves, não constaria da relação de pessoas com contas irregulares, emitida no mesmo dia da divulgação, pelo próprio TCU do elenco de pessoas (dentre eles Vicentinho) que teriam contas rejeitadas.

“D Tribunal de Contas da União CERTIFICA que, na presente data, o(a) requerente acima identificado(a) NÃO CONSTA da relação de pessoas físicas com contas julgadas irregulares, para fins de declaração de inelegibilidade, nos termos do art. 11, § 5º, da Lei 9.504/1997, do art. 1º, inc. I, alínea "g" da Lei Complementar 64/1990 e do art. 91 da Lei 8443/1992.”

Ademais, políticos como Vicentinho e outros, a valer a primeira lista do TCU, teriam contas rejeitadas anteriormente a 2010, quando passou a valer a Lei do Ficha Limpa. Vicentinho há 29 anos!!! E continuava na lista.

Como a lei não pode voltar atrás para prejudicar (e os ministros do TCU bem o sabem), o órgão foi utilizado para favorecimento político. Isto porque, como já é notório, veículos de comunicação apressados já sairão divulgando inelegibilidades que não existem.

E os marqueteiros não perderão tempo: espalharão aos eleitores incautos a informação distorcida, ancorados numa informação oficial vigarista do TCU que bem poderia, antes de divulgar a lista, retirar dela os políticos nela colocados e que o próprio Tribunal concede um Nada Consta.

Não à toa, pelo menos quatro dos nove ministros do Tribunal de Contas da União são investigados pela Polícia Federal (dois formalmente investigados pelo STF). Um deles, o próprio Raimundo Carrero, que entregou a relação de ficha suja a Luiz Fux, do TSE, é acusado (no STF) de ter recebido propina de R$ 1 milhão (delação premiada do dono da UTC).

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